O Brasil sempre se destacou no judô, somando grandes vitórias e figurando com frequência no pódio. Mas a semana dos atletas nacionais no Campeonato Mundial de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, é para ser esquecida. Nesta quinta-feira (23), no último dia de disputas individuais, os três representantes do País não conseguiram ir além de uma vitória e a seleção encerrou sem medalhas, algo que não acontecia desde a edição de 2009 em Roterdã, na Holanda. A última chance de pódio no evento será na competição por equipes, na sexta-feira.
Principal nome do Brasil nesta quinta, Beatriz Souza, na categoria pesado (até 78kg), até começou de maneira arrasadora, ao aplicar um ippon na canadense Ana Laura Portuondo em apenas 16 segundos. Mas tudo deu errado para a judoca do Pinehiros (SP), que ´é esperança de pódio em Paris-2024.
No segundo combate, diante da holandesa Karen Stevenson, um waza-ari no começo da luta deixou a brasileira desestabilizada. No fim, após ela buscar reação e tentar dar um golpe, ela acabou desclassificada ao receber um hansokumake. Depois de ir ao pódio nos últimos três mundiais, Bia caiu em Abu Dabi precocemente nas oitavas de final.
Leonardo Gonçalves não teve sorte no sorteio e teve pela frente logo o russo campeão mundial Arman Adamian, em luta válida pela segunda rodada do meio-pesado (até 100kg). Depois de sair em vantagem, o judoca da Sogipa acabou levando dois golpes e foi eliminado com ippon.
Na mesma categoria, Rafael Buzacarini superou o polonês Isaas Bezzina nas punições, mas na segunda rodada, não conseguiu superar o espanhol Nikoloz Sherazadishvili, que aplicou belo golpe por baixo e avançou com ippon.
O Brasil não teve representantes na categoria pesado (+1ookg), que tem o experiente Rafael Silva classificado para os Jogos Olímpicos.