O Brasil será sede do Campeonato Mundial Júnior de Saltos Ornamentais deste ano. O anúncio foi feito pela Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais. O evento que chega à sua 25ª edição acontecerá no Rio de Janeiro, entre os dias 24 de novembro e 1º de dezembro. Destinada a jovens de 14 a 18 anos, a competição promete reunir mais de 250 atletas, vindos de 40 países.
— Este é um reconhecimento ao grande trabalho que a Confederação Brasileira de Saltos Ornamentais vem fazendo para desenvolver a modalidade. Um dos nossos focos atualmente é investir nas categorias de base, ampliando o número de praticantes do esporte por todo o país, e poder receber o principal evento do mundo para jovens saltadores será mais uma oportunidade de crescimento — destaca o presidente da Saltos Brasil, Ricardo Moreira.
O Mundial Júnior de Saltos Ornamentais marca também o retorno das competições internacionais de esportes aquáticos ao país após oito anos. Em 2016, o Rio de Janeiro recebeu ainda uma etapa da Copa do Mundo de Saltos Ornamentais, que serviu como evento-teste para os Jogos Olímpicos.
— Sediar o Mundial Júnior traz visibilidade para os saltos ornamentais, atrai novos praticantes para a modalidade e possibilita que nossos atletas compitam em casa, ao lado de amigos e familiares, contra as grandes potências do esporte—complementa Ricardo.
O Brasil possui sete medalhas na história do Mundial Júnior. A primeira delas conquistada em 2002, em Aachen (Alemanha), com Hugo Parisi e Ubirajara Barbosa: prata no trampolim 3m sincronizado. Já em 2021, na cidade de Kiev (Ucrânia), Kawan Pereira foi ao pódio quatro vezes: ouro no trampolim 3m e bronze no trampolim 1m, na plataforma individual e na plataforma sincronizada, esta última ao lado de Diogo Silva. No ano seguinte, em Montreal (Canadá), Diogo foi prata na plataforma, enquanto Rafael Max conquistou o bronze no trampolim 3m.
— O Mundial Júnior é uma competição muito especial para mim, que guardo boas lembranças. Além do orgulho de representar nosso país em um campeonato desse tamanho, pude conhecer novos países, competir com grandes atletas e conquistar medalhas em duas edições. Foi muito importante para eu ter a certeza de que queria seguir a carreira nos saltos. Com essa vinda do Mundial para o Rio, vamos mostrando pouco a pouco que o Brasil pode ser muito mais que o país do futebol—diz Diogo Silva, 18 anos, que disputou recentemente os Jogos Pan-americanos de Santiago.
Nos último anos, o número de praticantes da modalidade no Brasil teve um crescimento expressivo, saltando de 200 para aproximadamente 1.000 atletas. Com a criação do projeto social “Um Salto na Educação”, oito novos núcleos esportivos foram implementados ao redor do país nas cidades de Aracaju (SE), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Rio de Janeiro (RJ) e Sobral (CE).