A parceria entre Zagallo e Parreira foi uma das mais vitóriosas do futebol brasileiro. A amizade teve início em 1970, no ano em que o Brasil conquistou o tricampeonato tendo o primeiro como técnico e o segundo como preparador físico.
Foi revivida em 1994, na trajetória que culminou com o tetra, e perdurou até os últimos dias de vida de Zagallo. Em entrevista ao canal SporTV, neste sábado (6), Parreira falou sobre a tristeza de receber a notícia da morte do amigo, ocorrida na noite da sexta-feira (5).
— Uma notícia muito triste. Zagallo era meu melhor amigo no futebol, meu mestre. O cara me ajudou, me protegeu, me ensinou tudo que eu aprendi no futebol. Um privilegio meu tê-lo ao meu lado por tantos anos. Não foi só em 1994. Comecei em 1970 com o Zagallo. Fomos amigos, companheiros e profissionais ao longo de 52 anos. Agradeço a Deus a oportunidade que tive de aprender com uma pessoa generosa como ele — destacou.
Parreira valorizou o aprendizado que teve ao conviver com Zagallo. Ele também ressaltou a importância do Velho Lobo na história da Seleção Brasileira.
— Nós tínhamos a mesma filosofia de futebol. Zagallo muito mais experiente, eu com minha experiência europeia, tendo participado de muitos cursos. Juntamos essa experiência e nunca tivemos um contratempo. Era defender e atacar com a máxima eficiência. Foi sempre o que usamos com muito sucesso — pontuou.
Zagallo será velado na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro. O último adeus ao ídolo brasileiro do futebol mundial, presente em quatro dos cinco títulos de Copas do Mundo da Seleção, será no domingo (7), às 9h30min, aberto ao público. O sepultamento está marcado para o mesmo dia, às 16h, no Cemitério São João Batista, no bairro Botafogo.