É inegável que Dorival Júnior deixou uma dor de cabeça para o São Paulo ao assumir o convite para treinar a Seleção Brasileira. O técnico, no entanto, conseguiu deixar as portas abertas e manteve o bom relacionamento construído com a gestão do clube onde conquistou a Copa do Brasil do ano passado.
Neste domingo (14), em entrevista ao programa Domingo Esporte Show, da Rádio Gaúcha, o executivo de futebol Tricolor paulista, Rui Costa, contou que o presidente Julio Casares chegou a pensar oferecer um projeto mais amplo à frente do clube para que Dorival Júnior permanecesse. O sonho do treinador falou mais alto, e o São Paulo precisou sair ao mercado. Mesmo assim, restaram muitos elogios ao comportamento do novo técnico da Seleção.
— O Dorival foi (com o São Paulo) o que ele sempre foi e sempre será, um cara de caráter. A CBF está levando, primeiro, um homem de bem. Ele traz para o ambiente muita honestidade, sinceridade, transparência, muito compartilhamento — afirmou Rui Costa.
O dirigente ainda revelou que Dorival Júnior quer escolher um profissional para o cargo de coordenador técnico. No entanto, Rui Costa disse que ainda não foi convidado oficialmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), e que entende ser natural o seu nome ser cogitado já que foi o último executivo a trabalhar com Dorival Júnior em um clube.
Substituto
O novo treinador do São Paulo saiu do Rio Grande do Sul. Thiago Carpini saiu do Juventude às vésperas do Gauchão e, agora, terá a responsabilidade de conduzir o São Paulo no estadual, na Libertadores, no Brasileirão e no Copa do Brasil, além da Supercopa do Brasil, contra o Palmeiras, no início de fevereiro.
— Muitos aspectos levaram o São Paulo a buscar o técnico Thiago Carpini. Especialmente o que ele fez nos últimos anos, com times com consistência tática, que foram os casos de Água Santa e Juventude. Aqui fizemos duas entrevistas com ele. Aqui no São Paulo não contratamos ninguém sem questionar. O treinador tem que fazer uma apresentação para nós. E falamos do aspecto pessoal, como ele se sentiria conduzindo um time gigante como São Paulo, que vai para a Libertadores. E ele foi muito bem — explicou Rui Costa.
Outro reforço que o São Paulo buscou no Rio Grande do Sul — onde Rui Costa já atuou como dirigente do Grêmio — foi o atacante Ferreira, adquirido do próprio Tricolor gaúcho neste ano, por R$ 12 milhões (valor para compra de 35% dos direitos sobre o atleta que pertenciam ao time gaúcho).
— É um perfil de jogador que não tínhamos. Não tínhamos um jogador com essas características do Ferreira, de atacar pelo lado. E achamos ele um grande jogador. E ele foi submetido a uma avaliação muito detalhada, porque teve dois anos difíceis no Grêmio. Acho que um outro ambiente, novamente integrado aqui, acho que podemos recuperá-lo — acrescentou o executivo.
O São Paulo estreia no Paulistão no próximo sábado (20), às 20h, diante do Santo André, no Morumbi.