Em ano pré-olímpico, o esporte brasileiro viveu momentos de altos e baixos. Atletas brasileiros brilharam, mostraram suas credencias para os Jogos de Paris, em 2024, e conquistaram medalhas, recordes e realizaram campanhas histórias em modalidades esportivas das mais diversas.
Fizeram história
O Chile foi palco dos Jogos Pan-Americanos em 2023, e o Brasil mostrou que é um dos países mais fortes do continente. Ao todo, foram 205 medalhas, com 66 ouros, 73 pratas e 66 bronzes. Natação e atletismo brilharam, conquistando 27 e 23 medalhas, respectivamente. A história foi feita pela equipe de beisebol, que conquistou sua primeira medalha na história do Pan, ao ficar com a prata.
A força feminina
Em Santiago, a participação feminina foi decisiva com a conquista de 95 medalhas. Assim, pela primeira vez na história, a campanha em um Pan teve as mulheres como responsáveis pela maioria das conquistas do Brasil, tanto no total como no número de ouros (33). Os homens atingiram 92 pódios, com 30 ouros.
Decepção brasileira na Austrália
Sob o comando da sueca Pia Sundhage, o Brasil teve uma campanha decepcionante na Copa do Mundo de Futebol Feminino, sendo eliminado na fase de grupos. Depois de vencer na estreia contra o Panamá, as brasileiras perderam para a França e empataram com a Jamaica, vendo o sonho do título inédito cair logo no começo do torneio na Austrália.
Por outro lado, a competição mostrou o avanço do futebol feminino e a qualidade da competição. A Espanha se sagrou campeã mundial ao derrotar a Inglaterra na grande decisão.
A ascensão de Bia
A tenista mostrou toda sua qualidade ao se tornar a primeira brasileira a chegar às semifinais de Roland Garros na Era Aberta do tênis (a partir de 1968). Apesar de não chegar à final ao perder para Iga Swiatek, então número 1 do ranking, ela recebeu cerca de R$ 3,5 milhões pela campanha nas chaves de simples e duplas. Além disso, assumiu a 10ª colocação do ranking da WTA, sua melhor colocação na carreira e a melhor da história do tênis feminino brasileiro.
Rebeca histórica
A ginasta voltou a escrever seu nome no hall de maiores atletas brasileiras. Ela conquistou ouro no Pan-Americano e no Mundial, superando adversárias de peso como Jordan Chiles e Simone Biles. A carioca foi a primeira brasileira a conquistar três medalhas em um mesmo Mundial de ginástica artística. Ela é a maior medalhista do país na competição, com cinco pódios em provas individuais.
A tempestade brasileira no surfe
O topo do mundo foi, de novo, de Filipe Toledo. Surfando no "quintal de casa", em Trestles, na Califórnia (EUA), o atleta natural de Ubatuba-SP confirmou o favoritismo e se tornou bicampeão mundial de surfe. Com a conquista, Filipinho ficou a um troféu de igualar o recordista Gabriel Medina.
Brilho da ginástica
A modalidade não brilhou apenas no Pan, mas teve um ano especial nos campeonatos mundiais. Na Antuérpia (Bélgica), a equipe feminina de ginástica artística fez a melhor campanha na história da competição, com seis medalhas.
Skate no topo
Em disputa realizada no início de dezembro no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, Rayssa Leal e Giovanni Vianna garantiram uma dobradinha verde-amarela no SLS Super Crown World Championship (a final da Liga Mundial de Street Skate). O destaque foi a maranhense de 15 anos, que garantiu o bicampeonato da competição feminina.
Bia Ferreira bicampeã
No boxe feminino, o país conseguiu a melhor campanha da sua história na competição, e terminou o evento, realizado em março em Nova Déli, na Índia, com um ouro conquistado por Beatriz Ferreira (na categoria 60kg) e um bronze de Barbara Santos (categoria 70kg).
Natação em baixa, Ana Marcela em alta
No Japão, foi a primeira vez em 16 anos que o Brasil ficou sem medalhas. Em todo o Mundial de Esportes Aquáticos, a única medalha do Brasil veio nas águas abertas com Ana Marcela Cunha. A campeã olímpica obteve a medalha de bronze na prova de 5km.