Sete torcedores do Corinthians morreram em um acidente de trânsito envolvendo um ônibus na madrugada deste domingo (20). O veículo transportava torcedores do clube, que retornavam de uma viagem para Belo Horizonte, onde foram acompanhar a partida entre Corinthians e Cruzeiro, na noite de sábado (19) no Mineirão.
O capotamento ocorreu por volta de 2h50 entre as cidades mineiras de Brumadinho e Igarapé - na região metropolitana de Belo Horizonte. Dezenas de passageiros receberam atendimentos em centros de saúde de Minas Gerais.
De acordo com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a viagem era irregular, uma vez que o ônibus não tinha registro, nem autorização da agência responsável pela fiscalização do setor.
Alguns sobreviventes colocaram em suas redes sociais relatos emocionados de momentos anteriores ao acidente. Isso também evidenciou os problemas técnicos do veículo.
"Estava quase todo mundo dormindo, mas algumas pessoas perceberam que o motorista estava correndo demais e os meninos da frente pediram para ele dar uma segurada", contou uma sobrevivente do acidente, que preferiu não se identificar, cujo relato foi publicado em redes sociais. "O motorista falou que tinha perdido o freio. Nesse momento foi um desespero, comecei a gritar para todo mundo acordar. Só deu tempo de gritar e o ônibus já capotou".
Logo após o capotamento, uma torcedora relata que os passageiros começaram a tentar sair pela janela e ajudaram a puxar outros torcedores. Mas muitos ficaram presos nas ferragens.
"A gente foi saindo pela janela, por onde dava, e puxando uns aos outros para todo mundo sair. Eu consegui sair sozinha e puxei mais uns três torcedores", lembrou.
Em entrevista ao site G1, um torcedor que ficou ferido afirmou: "É uma tragédia. Estamos todos perdidos, ainda não conseguimos assimilar. Estou com outros seis torcedores recebendo atendimento médico na UPA, mas não sei como os demais estão. Dos que estão comigo, três precisaram ser internados".
Conforme a Polícia Rodoviária Federal, os KM 520 e 530 da BR-381 são considerados perigosos, devido ao alto número de acidentes anualmente, 74.