O Brasil conquistou nesta sexta-feira (25) umas das vagas na final do revezamento 4x100 metros masculino, no Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste. A equipe formada por Paulo André Camilo, Erik Cardoso, Rodrigo do Nascimento e Felipe Bardi completou sua série em 38s19 e ficou em quarto lugar. Na classificação geral, terminou com a oitava colocação. A decisão será disputada neste sábado (26), as 16h40 de Brasília.
Os brasileiros ficaram apenas um centésimo à frente da Nigéria e pegaram a última vaga por tempo na final. De uma forma geral, não saíram satisfeitos com o desempenho, até porque almejam reconstruir o protagonismo que o País teve em disputas de revezamento no passado. O Brasil tem uma prata olímpica conquistada em Sydney-200 e dois bronzes, um em Atlanta-1996 e outro em Pequim-2008, além de já ter sido bronze no Mundial de 1999 e prata na edição de 2003.
— É um mix de emoções. A gente trabalhou muito para estar aqui, para fazer uma boa marca. Não estamos contentes, mas tem pontos que podem ser fatais, os erros. A gente tem erros para consertar, então isso é um ponto positivo para a final, mas poderia ter sido fatal. A gente, infelizmente, não vai pegar uma boa raia, mas vamos consertar os erros, isso vai fazer uma diferença enorme. O revezamento é muito complexo — afirmou Paulo André, que voltou a competir em abril deste ano após participar do reality show Big Brother Brasil em 2022.
O time brasileiro de revezamento 4x100 feminino também competiu nesta sexta, mas não conseguiu avançar à briga por medalhas. Gabriela Rosa, Vitória Rosa, Ana Carolina Azevedo e Rosângela Santos terminaram na oitava colocação da bateria que disputaram e na 15ª colocação geral, com o tempo 43s46. Como Nigéria e França não finalizaram suas séries, o Brasil acabou como o último time a registrar tempo. Os Estados Unidos, com 41s59, terminaram as eliminatórias na liderança.
Jucilene Sales de Lima é oitava no dardo
Ainda nesta sexta, o Brasil foi representado pela primeira vez em uma final de lançamento de dardo. O feito inédito foi protagonizado por Jucilene Sales de Lima, que conseguiu a marca de 60,34 metros para terminar a disputa como a oitava melhor lançadora do mundo.
— Estou muito feliz. Meu objetivo principal era estar entre as 12, um passo de cada vez, e depois entre as oito. Objetivo alcançado. Foi muito difícil chegar até aqui e cabia mais, óbvio que cabia mais, mas foi isso que Deus preparou para mim. Estou muito grata por estar aqui. Agora é só comemorar, porque eu saio daqui como oitava do mundo— celebrou Jucilene.
A medalha de ouro ficou com a japonesa Haruka Kitaguchi que lançou o implemento a 66,73m e superou a colombiana Flor Ruiz, que estabeleceu um novo recorde das Américas com 65,47m e garantiu a prata e a australiana Mackenzie Little, que com 63,38m levou o bronze.
Outros resultados do Brasil
Na disputa das eliminatórias do lançamento de dardo masculino, Pedro Nunes foi 34º colocado, com 72,43 metros e Luiz Maurício terminou em 20º lugar, com 77,70 metros. O indiano Neerej Chopra foi o líder da qualificação com 88,77m, sua melhor marca no ano.
Valdileia Martins, teve a 27ª colocação geral do salto em altura, com 1,85 metros, e não conseguiu um lugar entre as 12 finalistas, que foram lideradas pela ucraniana Yaroslava Mahuchikh e pela australiana Eleanor Patterson, que saltaram 1,92 metros.
Flávia Maris de Lima foi a oitava colocada de sua série na semifinal dos 800 metros rasos, com 2min00s77 (melhor marca pessoal no ano) e terminou como 17ª colocada no geral.A queniana Mary Moora foi a melhor dastrês séries com 1min58s48.
José Ferreira Santana, o Balotelli, fechou o primeiro dia de disputas do decatlo na 16ª posição após cinco provas, com 3.955 pontos. O líder das provas combinadas é o alemão Leo Neugebauer com 4.64o pontos. A disputa do decatlo termina neste sábado.