A decisão do título do Mundial feminino de vôlei entre Brasil e Sérvia, neste sábado (15), em Apeldoorn, na Holanda, promete ter um duelo à parte entre Gabi e Boskovic, as duas principais atacantes das seleções finalistas.
Capitã do time brasileiro, Gabi disputa a competição pela terceira vez e, após a aposentadoria de Fernanda Garay da seleção, se tornou a líder dentro e fora de quadra. Aos 28 anos, a mineira que começou a carreira no Mackenzie e que hoje está no VakifBank, da Turquia, foi eleita melhor jogadora (MVP) da última Liga dos Campeões, quando sua equipe foi campeã.
Neste Mundial, Gabi é a quinta maior pontuadora, com 205 acertos. Ela marcou 191 vezes no ataque, seis no bloqueio e oito no saque. Além disso, está em segundo lugar nas estatísticas de defesa, atrás apenas da líbero italiana Monica De Gennaro e é a principal passadora da competição.
— Essa temporada com a seleção tem sido incrível. Uma oportunidade de crescimento pessoal e profissional. É uma responsabilidade grande, mas ao mesmo tempo é fácil ser capitã de uma geração que quer muito estar aqui e gosta de trabalhar. As jogadoras se ajudam o tempo todo. Minha função também é essa: ajudar as jogadoras a ter a melhor performance — comenta a atacante que em 2014 fez parte do grupo que conquistou o bronze no Mundial e foi prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano passado.
Ausente da Liga das Nações desta temporada, quando a Sérvia perdeu para o Brasil na semifinal e terminou com a medalha de bronze, Tijana Boskovic tentará, além do bicampeonato para sua seleção, a segunda indicação como MVP do Mundial, o que a igualaria a cubana Regla Torres, única jogadora eleita duas vezes. Em 2018, ela foi o grande nome da inédita conquista do título por parte da equipe sérvia.
No Mundial, a jogadora de 32 anos é a quarta maior pontuadora, com 216 acertos, sendo 195 de ataque, o que a coloca na mesma posição entre as que mais marcaram atacando. A canhota esteve presente em todas as principais conquistas da seleção de seu país, sendo vice-campeã olímpica em 2016 e bronze nos Jogos de Tóquio, além de medalhista de prata na Copa do Mundo de 2015.
— O que a Boskovic está jogando eu honestamente há muito tempo não vejo. De 12 bolas, ela coloca pelo menos 10 no chão. É uma jogadora fora de série — elogiou Gabi, após a vitória na semifinal contra a Itália.
A decisão não tem uma favorita pelo que as duas seleções tem apresentado na competição, mas é praticamente certo que a equipe campeã terá a MVP.