O Brasil derrotou a Itália por 3 sets a 1, parciais de 25/23, 22/25, 26/24 e 25/19, em 1h50min de jogo, e vai disputar a final do Campeonato Mundial feminino de vôlei contra a Sérvia, que venceu os Estados Unidos. A partida será no próximo sábado (15), às 15h (de Brasília), em Apeldoorn, na Holanda.
Este foi o quarto encontro entre as duas seleções na temporada. Na Liga das Nações, as italianas venceram em Brasília, na fase classificatória, e na disputa da medalha de ouro em Ancara, na Turquia. Já na segunda fase do Mundial, as brasileiras haviam vencido por 3 a 2 em uma grande atuação de Gabi.
Após a grande vitória sobre o Japão, nas quartas de final, quando saiu de 0 a 2 para 3 a 2, o técnico José Roberto Guimarães mudou o time titular. Ele manteve a oposta Lorenne e a ponteira Rosamaria nos lugares de Tainara e Pri Daroit, respectivamente, mas preferiu não trocar de levantadora e reconduziu Macris ao sexteto inicial.
Equilíbrio marca os três primeiros sets
O primeiro ponto do jogo foi com Rosamaria. A partida seguiu com os dois times se alternando no ataque e a primeira grande diferença surgiu a favor das italianas, que após o 11-11 conseguiram sequência de três pontos. Mas o Brasil se recuperou e deixou tudo igual em 15-15.
Com as duas equipes se alternando no sideout, o placar chegou a 20-20. Num bloqueio improvável de Macris, o Brasil fez 22-21 e, com a central Carol, abriu dois pontos (24-22). A Itália marcou um ponto, mas a oposta Egonu errou o ataque decisivo e as brasileiras marcaram 25-23, após 25 minutos. Nesta parcial, as italianas cometeram seis erros contra apenas um do Brasil.
Mesmo que Egonu tenha marcado 10 pontos no primeiro set, a Itália não conseguiu ter um ritmo forte, já que a defesa brasileira estava bem posicionada. A exemplo da parcial anterior, a segunda começou com ponto do Brasil, desta vez de Lorenne.
As comandadas de Zé Roberto mantiveram o bom ritmo e lideraram em 8-5, em contra-ataque de Lorenne. Mas Egonu derrubou duas bolas seguidas, Pietrini, que substituiu Bosetti acertou um contra-ataque e o bloqueio italiano parou Lorenne, para que as europeias virassem em 10-9. O treinador brasileiro pediu um tempo e reorganizou a equipe, que buscou o empate.
Os dois times seguiram se alternando na pontuação até a reta final, quando as italianas conseguiram uma sequência em ataque de Sylla, erro de Gabi e contra-ataque de Sylla, que fez seu quinto ponto neste set, e marcaram 25 a 22, igualando a semifinal. Egonu fez sete.
Mais uma vez a seleção brasileira fez o primeiro ponto do terceiro set, desta vez com Rosamaria. Aproveitando os erros de Egonu, o Brasil fez 3-1 e com dois bloqueios de Gabi abriu 7-4. A capitã brasileira ainda parou Egonu e levou o marcador para 9-5. Num bloqueio de Lorenne sobre Pietrini, o time brasileiro fez 18-14.
A Itália reagiu e conseguiu empatar em 21-21 com Egonu e virar em bloqueio de Danesi sobre Carol (23-22). Egonu acertou novo ataque e deixou as italianas com set point, mas a oposta errou um contra-ataque e o placar ficou igualado em 24. Carol Gattaz parou Lubian num bloqueio simples e Lorenne explorou o bloqueio num contra-ataque e a seleção fez 26-24, após 30 minutos.
Gabi, Carol e defesa brilham no set final
O começo do quarto set teve um show particular da meio de rede Carol, que acertou três bloqueios sobre Pietrini, Egonu e Danesi, respectivamente, e a seleção fez 4 a 0. As italianas reagiram e marcaram dois pontos, mas novamente a camisa 4 brasileira pontou em ataque pelo meio e fez 5-2. Mas a Itália reagiu e conseguiu empatar em 6-6, após boa sequência de Pietrini no saque.
A reação das atuais campeãs da Liga da Nações parou aqui e a seleção esmagou a poderosa equipe italiana. Com uma defesa ágil, bloqueio eficiente e Gabi e Carol muito inspiradas, assim como a levantadora Macris, o Brasil foi acumulando pontos. Dois ataques de Gabi e bloqueio de Carol e 11-7 no marcador. Erro de Egonu, três contra-ataques de Gabi e bloqueio de Carol em Egonu e a distância chegou nove pontos (17-8). No final, o 25-19 e a vaga na decisão.
O bloqueio brasileiro terminou o confronto com 21 pontos contra sete da Itália. Apenas Carol fez 10. No jogo a central brasileira marcou um total de 17. Gabi fez 20, 10 menos que Egonu.
— Conseguimos realizar taticamente tudo o que o Zé (Roberto) pediu e estou muito feliz por ter entrado e contribuído para o time. Agora é descansar e estudar a Sérvia para conquistar este título mundial — disse a oposta Lorenne ao canal SporTV.
Esta será a quarta final do Brasil na história do Mundial. Nas três anteriores, em 1994, 2006 e 2010, a seleção ficou com o vice-campeonato, perdendo a primeira para Cuba e as duas outras para a Rússia.