A Corregedoria-Geral da Brigada Militar revelou nesta sexta-feira (2), em entrevista coletiva, que o torcedor Rai Duarte, do Brasil-Pel, foi agredido por policiais do 11º Batalhão de Polícia Militar após partida da equipe pelotense contra o São José, no Passo D'Areia, em Porto Alegre. O desejo da vítima é de que seus agressores sejam punidos pelo ato.
— Minha opinião é que a justiça tem de ser feita. Espero que eles (policiais que o agrediram) sejam excluídos e presos — afirmou.
Em virtude da conclusão do inquérito, dez policiais foram indiciados por crimes de tortura e lesão corporal. Outro responderá por tentativa de homicídio. Em razão das lesões que sofreu, especialmente no intestino, Rai ficou 116 dias internado no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre.
O corregedor-geral da Brigada Militar (BM), Vladimir Luís Silva da Rosa, explicou que, ao todo, 17 policiais militares foram investigados. Os nomes dos envolvidos no processo seguem em sigilo de Justiça.
Clóvis Duarte discordou da definição da Corregedoria-geral da Brigada Militar. Para o pai de Rai, todos eles deveriam ter sido indiciados por tentativa de homicídio.
— Eu acho que tentativa de homicídio não deveria ser apenas para um. Não foi só um que bateu, foi um revezamento. Todos deveriam ter sido indiciados — comentou.
Rai Duarte foi internado em 1º de maio com um corte no abdômen, que afetou o intestino. Foram 47 dias na UTI do Hospital Cristo Redentor, em estado de coma induzido.