A seleção brasileira masculina de vôlei estreia nesta sexta-feira (26), no Campeonato Mundial, que terá como sedes Polônia e Eslovênia. No grupo B, o Brasil irá enfrentar Cuba, às 6h (de Brasília), na cidade eslovena de Ljubljana.
Finalista nas cinco últimas edições do torneio, com três títulos (2002/06/10) e dois vices (2014/18), o Brasil vive um momento de transição após dominar o cenário mundial e hoje vê forças como França, atual campeã olímpica e da Liga das Nações, e Polônia, que venceu as duas últimas finais do Mundial, despontarem como principais candidatas ao título.
A seleção, comandada pelo gaúcho Renan Dal Zotto desde o final dos Jogos Olímpicos do Rio em 2016, e que recentemente perdeu a primeira colocação do ranking da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), após liderar a lista por duas décadas, ficou de fora do pódio das últimas competições que participou. Foi quarto colocado nos Jogos Olímpicos de Tóquio e eliminado, pelos Estados Unidos, nas quartas de final da Liga das Nações.
Os resultados abaixo da expectativa podem ter diversas razões, sendo que o histórico recente de lesões é um deles. Em junho, Lucarelli sofreu uma ruptura no cabo longo do bíceps do braço direito e só voltou a jogar em meio à Liga das Nações, mas sem estar nas melhores condições. Durante o torneio, o oposto Alan teve ruptura no tendão de Aquiles da perna direita e passou por cirurgia que foi realizada em Porto Alegre. Para o Mundial, o central Isac foi dispensado por conta de uma degeneração discal com pequena protrusão, uma lesão que afeta a região da coluna. Outro meio-de-rede, Lucão, só foi confirmado para o campeonato que começa nesta sexta, nos últimos dias, após se recuperar de uma forte entorse no tornozelo direito.
Além das questões físicas, a renovação é outra característica do atual ciclo do vôlei brasileiro. No time convocado para o Mundial da Polônia e da Eslovênia, 50% disputarão a competição pela primeira vez. Os ponteiros Rodriguinho e Adriano; o levantador Fernando Cachopa; os centrais Leandro Aracaju e Flávio; e os opostos Darlan e Felipe Roque buscam colocar seus nomes na história de um torneio onde o Brasil, das 10 últimas edições, desde 1982, esteve em nove semifinais — a exceção foi em 1994, quando perdeu nas quartas de final.
— Estar na seleção adulta sempre foi o meu sonho. Cada campeonato é uma história diferente a ser contada. Vamos começar uma nova nesta sexta-feira. Sou um cara muito positivo e estou confiante com este time — diz o gaúcho Cachopa, que disputou os mundiais de todas as categorias de base: sub-19, sub-21 e sub-23.
Pressionado pelos resultados recentes, Renan espera que os sete estreantes encontrem uma boa química com a outra metade de grupo, composta por jogadores mais experientes. No último sábado, em amistoso de preparação, a seleção foi facilmente batida pela França, o que aumentou ainda mais o alerta em relação ao Mundial.
— Estamos em um momento de transição, mas chegamos no Mundial para brigar pelo título. Temos um grupo bem interessante, com jogadores mais experientes e uma garotada muito jovem. Durante as semanas de treino em Saquarema e na França, a equipe mostrou evolução e equilíbrio técnico em todos os fundamentos. Temos um grupo que chega ao Mundial em uma condição muito favorável. Vamos fortes e preparados para enfrentar um ritmo de jogo bem intenso — garante Renan.
Confira os 14 jogadores que disputarão o Mundial:
Levantadores: Bruninho e Fernando Cachopa
Opostos: Darlan, Felipe Roque e Wallace
Centrais: Flávio, Leandro Aracaju e Lucão
Ponteiros: Adriano, Leal, Lucarelli e Rodriguinho
Líberos: Maique e Thales
Veja as datas e horários dos jogos do Brasil:
26/8 – Brasil x Cuba, às 6h
28/8 – Brasil x Japão, às 9h
30/8 – Brasil x Catar, às 6h
* Todas as partidas serão disputadas em Ljubljana.