O Aberto de tênis dos Estados Unidos começará na próxima segunda-feira (29) e um dos principais nomes do esporte em todos os tempos deve ficar de fora mais uma vez. Porém, não será por uma lesão que Novak Djokovic não poderá desfilar suas habilidades nas quadras do complexo de Flushing Meadows, em Nova Iorque.
Envolvido em polêmicas desde o início da pandemia de covid-19, o sérvio recusa-se até hoje a se vacinar contra a doença, o que é uma clara exigência do governo norte-americano para a entrada de estrangeiros no país. Esta postura já lhe custou a liderança do ranking mundial, já que não pôde disputar alguns dos principais torneios do circuito.
Como não jogou na Austrália e deverá ficar de fora nos Estados Unidos, Djokovic deixou de ganhar 2,87 milhões de dólares australianos ofertados ao campeão do primeiro Grand Slam do ano, algo em torno de R$ 10,8 milhões à época, e os 2,6 milhões de dólares (R$ 13,2 milhões) que o campeão do torneio que começa na próxima segunda irá receber. Somadas estas premiações, o sérvio pode ter deixado de amealhar R$ 24 milhões.
A primeira grande polêmica foi verificada em janeiro, antes do Aberto da Austrália, quando Djokovic foi detido ao tentar ingressar naquele país sem cumprir as exigências sanitárias, o que lhe custou alguns dias em um hotel administrado pelas autoridades de imigração e posterior deportação do território australiano.
Mas nem esse vexame mudou sua postura e o jogador, que completou 35 anos em maio passado, ficou de fora de outras competições mundo afora. Conseguiu jogar no Aberto da França, em Roland Garros, e em Wimbledon, na Inglaterra, após algumas mudanças nas exigências desses países para o ingresso de não vacinados. Na grama britânica, inclusive, sagrou-se campeão.
Em toda a temporada, Djokovic fez apenas 28 partidas em razão de sua postura contra a vacina e para quem tem 88 títulos no currículo, sendo 21 deles em torneios do chamado Grand Slam isso impacta até mesmo no aspecto financeiro.
Com uma fortuna de 159 milhões de dólares (R$ 812,6 milhões) em prêmios, é claro que um jogador com sua história não entra em quadra apenas pela parte financeira, mas também pelos recordes que podem deixá-lo eternizado.