A semana do Gre-Nal 436 foi também de novidades fora do campo para Dupla. O Inter apresentou o atacante Wanderson, enquanto o lateral-direito Edilson chegou para o Grêmio. Os dois, porém, não podem atuar no Gauchão porque o prazo de inscrições já foi encerrado. GZH mostra como os dois poderiam ser usados por Alexander Medina e Roger Machado nas semifinais caso estivessem inscritos no Estadual.
Wanderson, o ponta profundo pedido por Medina
A busca por extremas foi a prioridade do Inter desde o acordo para contratação do técnico Alexander Medina, ainda em dezembro do ano passado. Foram muitas tentativas com jogadores como Marinho, Ezequiel Barco e Brian Rodríguez, mas acabou que apenas David chegou para o Gauchão. A crise provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia abriu a possibilidade para o clube fechar com Wanderson, que atuava no russo Krasnodar.
— Nossa ideia é jogar com extremas profundos. Estamos em busca de poder incorporar nessa posição. Acreditamos que nesse lugar não temos os jogadores adequados para a função. O único que contratamos foi o David, temos o Caio (Vidal) e outro que pode fazer é o Taison — avaliou Medina após a derrota para o São José, em 20 de fevereiro, quando faltava pouco mais de uma semana para o encerramento das inscrições no Gauchão.
Para o sábado (19), Medina deverá repetir a formação do setor ofensivo do último Gre-Nal, com David atuando como centroavante, tendo Mauricio, Edenilson e Taison na linha de três atrás dele. Os lados do campo foram ocupados por jogadores de “pé trocado’, o canhoto Mauricio pelo lado direito e o destro Taison pela esquerda. É justamente essa característica que Wanderson poderia oferecer caso tivessem em condições, de ser o extrema com a profundidade pedida por Medina, aponta o jornalista Fábio Aleixo, especialista em futebol russo.
— Ele é um jogador de velocidade e drible, que bem fisicamente e motivado será muito útil para o Inter. É um tipo de jogador que não tem muito no Brasil, talvez o Dudu (Palmeiras), o Rony (Palmeiras), o Bruno Henrique (Flamengo). Ele pode jogar tanto pela direita quanto pela esquerda, pois invertia muito de lado durante os jogos no Krasnodar. Ele tem essa versatilidade, além de ser um jogador ousado, de drible e bom passe. Só não é um grande fazedor de gols — aponta.
Liderança e segurança de Edilson
Edilson é um velho conhecido da torcida e retorna à Arena para a sua terceira passagem pelo Grêmio. Ele foi o segundo lateral-direito contratado para esta temporada, justamente porque o primeiro, o colombiano Orejuela, não conseguiu deslanchar. Uma prova disso é de que a provável escalação de Roger Machado para o Gre-Nal aponta para a improvisação do zagueiro Rodrigues na lateral.
Esse cenário de dificuldade na lateral mostra que Edilson muito provavelmente seria titular de Roger Machado no Gre-Nal caso estivesse inscrito no Gauchão. Se não tem a condição física dos seus melhores tempos, Edilson daria também um acréscimo anímico ao time tricolor.
— Edilson com a vontade de sempre já é uma melhora no lado direito do Grêmio. Cito a vontade pelo fato de que foi um dos fatores que envergonharam a torcida no último clássico. A atuação do Grêmio foi patética e apática. Faltou alguém para incendiar e organizar dentro de campo — afirma o comunicador do Grupo RBS e torcedor gremista Rodrigo Adams.
Edilson é um jogador experiente e com bom aproveitamento em Gre-Nais. Em suas duas passagens pelo Grêmio, ele disputou cinco clássicos contra o Inter. Foram duas vitórias, dois empates e apenas uma derrota.