A ministra japonesa dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, Seiko Hashimoto, foi nomeada nesta quinta-feira (18) presidente do comitê organizador da Olimpíada. Ela assume o lugar de Yoshiro Mori, que renunciou na semana passada após escândalo provocado por comentários sexistas.
— Não vou poupar esforços para o sucesso dos Jogos de Tóquio — disse Hashimoto, ex-atleta olímpica de 56 anos.
A nomeação ocorre a apenas cinco meses dos Jogos, adiados no ano passado devido à pandemia do coronavírus. Pouco antes do anúncio, ela apresentou ao primeiro-ministro Yoshihide Suga a demissão como ministra do governo.
Hashimoto era considerada a grande favorita para substituir Mori, que renunciou depois da afirmar no início do mês que as mulheres falavam muito nas reuniões, algo que considerava "irritante".
As declarações de Mori, ex-primeiro-ministro japonês de 83 anos, receberam muitas críticas, dentro e fora do Japão. O Comitê Olímpico Internacional (COI) considerou, de maneira tardia, que eram contrárias aos valores olímpicos, sobretudo no que diz respeito à igualdade entre os sexos. Vários patrocinadores dos Jogos Olímpicos também pressionaram pela renúncia de Mori.
Hashimoto, que desde setembro de 2019 era a ministra responsável pelos Jogos, assim como pela igualdade de gênero, é integrante da Câmara Alta do Parlamento desde 1995. Ela disputou sete Jogos Olímpicos (quatro de inverno e três de verão) nos anos 1980 e 1990 nas modalidades patinação de velocidade sobre o gelo e ciclismo de pista. Hashimoto conquistou uma medalha de bronze nos Jogos de Inverno de Albertville, na França, em 1992.