A crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus tem afetado cada vez mais o esporte. Se o futebol ainda tenta se equilibrar, outras modalidades já sentem os reflexos. É o caso do vôlei, que nas última edição dos Jogos Olímpicos, em 2016, viu o Brasil ficar com o ouro no torneio masculino, completando quatro finais seguidas.
Com a temporada 2019/20 da Superliga de vôlei encerrada, algumas equipes adotaram medidas restritivas de gastos. Entre elas estão o Sesi-SP e o Sada Cruzeiro, clubes tradicionais e que juntos acumulam sete títulos nacionais.
O primeiro foi o Sesi-SP, atual campeão da Copa Libertadores e campeão em 2010/11 e vice-campeão das duas últimas edições da Superliga, que anunciou que não renovará os contratos do elenco profissional, que terminam no próximo dia 30 de maio. Ligado ao Serviço Social da Indústria, o clube paulista garante que os vencimentos do grupo estão assegurados até o fim dos vínculos empregatícios. A tendência é de que a equipe adulta não participe de nenhuma competição na próxima temporada.
Entre os principais destaques da equipe estão o oposto Alan, o ponteiro Lucas Lóh, o meio de rede Éder Carbonera e o levantador William - os dois últimos medalhistas de ouro nos jogos Olímpicos do Rio de Janeiro - e o líbero Murilo Endres, bicampeão mundial e duas vezes finalista olímpico com a seleção brasileira.
Seis vezes campeão nacional, tricampeão mundial e heptacampeão sul-americano, o Sada Cruzeiro anunciou nesta quinta-feira (30) que fará um reajuste no salários dos atletas, e comissão técnica, em 50%. Segundo informa o clube mineiro houve um acordo com os jogadores e demais profissionais, definindo o reajuste salarial para os pagamentos dos meses de abril e maio, em virtude da ausência de competições neste período.
Assim como o rival paulista, o time mineiro também tem em seu elenco jogadores de seleção, como o oposto Evandro, campeão no Rio 2016, além do central Isac, do levantador Fernando Cachopa, do argentino Facundo Conte e do canadense John Gordon Perrin. A redução salarial será aplicada a todos aqueles que recebem acima de R$ 5 mil mensais.