
Gerson Victalino, jogador de basquete que mais vezes vestiu a camisa da seleção brasileira nas grandes competições (foram 63 em Olimpíadas, Mundiais e Jogos Pan-Americanos), morreu na madrugada desta quarta-feira (29), em Minas Gerais, aos 60 anos.
Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença do sistema nervoso que causa paralisia progressiva dos músculos.
— Como sempre fez em quadra, nunca se entregou e fazia planos para os próximos anos. A Confederação Brasileira de Basketball (CBB) agradece mais uma vez pelo amor com que Gerson se entregava ao esporte e por todos os anos defendendo a camisa do Brasil. Força aos familiares e nossos pêsames — escreveu a entidade em nota.
Gerson começou no basquete aos 18 anos e fez sua estreia como profissional em 1979, pelo clube Ginástico, em Minas Gerais. Iniciou sua trajetória na seleção brasileira em 1981. Defendeu o país em três Olimpíadas (Los Angeles 1984, Seul 1988 e Barcelona 1992).
Sua maior glória esportiva com a equipe nacional foi nos Jogos Pan-Americanos de 1987, quando a geração comandada por Oscar e Marcel bateu os Estados Unidos em Indianapolis.
O pivô defendeu ainda Monte Líbano, Corinthians, Lençóis Paulista, Jales, Manresa-ESP, Sport-PE e Remo, onde se aposentou em 2002.
No início do ano, ao ser homenageado pela CBB, ele falou sobre sua luta contra a doença:
— Passo por um problema temporário. Sei da gravidade, mas também sei que as lutas vêm na nossa vida para lutarmos e mostrarmos nossas forças.