A NBA e o sindicato dos jogadores (NBPA) concordaram nesta sexta-feira (17) que a liga vai reter 25% do salário quinzenal de cada jogador a partir de 15 de maio para enfrentar perdas econômicas devido ao possível cancelamento de jogos em decorrência do coronavírus.
Em um comunicado conjunto, ambos os lados relataram que concordaram "sobre o método para reduzir a compensação dos jogadores no caso de um cancelamento permanente dos jogos na temporada regular de 2019-20 ou dos playoffs devido à pandemia da covid-19".
A parte do salário correspondente a 1º de maio será recebida integralmente, como vem ocorrendo até agora. Com o avanço da pandemia nos Estados Unidos, a NBA ainda não conseguiu determinar se os jogos desta temporada, suspensos desde 12 de março, poderão ser retomados e se os jogos precisariam ser cancelados para ajustar o cronograma.
As retenções acontecem com a previsão de que as partidas tenham que ser canceladas. O dinheiro retido permanecerá como um depósito de garantia e será devolvido integralmente aos jogadores no caso improvável de que todos os jogos restantes da temporada possam ser disputados.
A interrupção forçada de atividades devido a uma pandemia é considerada um evento de força maior, conforme estabelecido no contrato de trabalho.
Futuro ameaçado
De acordo com o jornalista da ESPN Adrian Wojnarowski, que pouco antes havia antecipado os termos do contrato, o sindicato informou os jogadores que não haverá uma definição sobre o reinício da temporada antes de 15 de junho.
Cada uma das 30 equipes da NBA ainda tem pela frente de 15 a 19 jogos para completar os 82 jogos da temporada regular. A NBA está estudando um grande número de cenários para retomar a competição que vão de jogar sem público, seja nos mesmos estádios ou em campos de treinamento, até a possibilidade de concentrar franquias na mesma cidade para jogar os playoffs por lá.