Aos 20 anos, Denílson sofreu a maior decepção da sua carreira. Defendendo a Seleção Brasileira, perdeu a final da Copa do Mundo para a França, por 3 a 0, em um jogo que marcou a sua carreira em 1998. Acostumado com conquistas e com a ascensão rápida no futebol, desde o seu surgimento no São Paulo até a ida para o futebol europeu, o atacante relembrou no programa Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, qual foi o seu maior aprendizado na fatídica derrota para os franceses liderados por Zidane.
— Lidar com a derrota. Desde que eu subi para o profissional no fim de 1994, só tinha vivido coisas boas. Até a Copa de 1998, eu só havia obtido conquistas. Não só dentro de campo ou em visibilidade. Desde ajudar os meus pais, como comprar um tênis para mim. Eu não conhecia a derrota. Eu perdia um clássico, sentia o golpe, mas no outro dia eu estava tranquilo. Quando perdemos a Copa do Mundo, da maneira que foi, logo em seguida descubro que o meu empresário tinha me enganado, eu desmoronei e tive que amadurecer — recordou.
Com a repetição da final da Copa do Mundo de 2002 sendo transmitida em TV aberta para todo Brasil, no último domingo (12), o ex-atacante e hoje comentarista, admitiu que pensou em não assistir os 90 minutos da última conquista da Seleção Brasileira em mundiais.
— Eu falei aqui em casa que não iria assistir o jogo porque eu ficaria muito emocionado e só ligaria a TV no fim do jogo, no momento em que eu entrei em campo, mas não consegui. Quando me dei conta, estava vendo todo o jogo — confidenciou.
Denílson ainda recordou que de 14 jogos que esteve à disposição da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, primeiro na França e depois na Coreia e no Japão, ele participou de 12. Todas vindo do banco de reservas e brincou:
— Sou o jogador que mais atuou vindo do banco de reservas em Copas do Mundo. Só não joguei contra a Costa Rica e Bélgica, ambas partidas no Mundial de 2002. Eu chego a falar sobre isso em minhas palestras — finalizou.