A CBF e os 40 clubes das séries A e B realizarão nesta segunda-feira (23), a partir das 15h, uma importante reunião por videoconferência para definir o futuro dos contratos dos jogadores durante o período de paralisação do futebol devido a pandemia de coronavírus. O objetivo é que as entidades formem um consenso em relação à proposta que será apresentada aos atletas.
Os clubes brasileiros estimam um período de, pelo menos, três meses sem futebol e, consequentemente, sem receitas de bilheteria, cotas de televisão, patrocínios e premiações. Além disso, em meio à pandemia, é inviável contar com a venda de atletas, o que costuma ser a principal fonte de renda de várias entidades. Por isso, além da preocupação com as finanças, os dirigentes têm receio de não conseguir honrar com as suas folhas salariais.
Um dos pontos que será levado em consideração na reunião é a Medida Provisória publicada no domingo pelo presidente Jair Bolsonaro, que autoriza a antecipação de férias e acordos individuais entre empregadores e funcionários. O objetivo dos clubes é chegar a um consenso sobre a proposta que será apresentada aos jogadores.
Uma das ideias já levantadas por alguns clubes é a concessão de férias imediatas até 21 de abril, com os salários e os direitos de imagem sendo reduzidos em 50% enquanto o futebol estiver paralisado. No entanto, essa ou qualquer outra ideia depende de acordo com os atletas.
Grêmio e Inter serão representados, respectivamente, pelos dirigentes Carlos Amodeo e Alexandre Chaves Barcellos. A CBF estará representada na reunião por videoconferência pelo secretário-geral Walter Feldman e pelo seu departamento jurídico. A previsão é de que a conversa dure pelo menos quatro horas.