Atual campeã olímpica da categoria leve (57 quilos), a brasileira Rafael Silva conquistou, nesta terça-feira (27), a medalha de bronze do Campeonato Mundial de Judô, que é disputado em Tóquio, no Japão. Este é o terceiro pódio mundialista da carioca de 27 anos, que foi ouro em 2013 e prata em 2011.
Para chegar ao pódio, a campeã dos Jogos Pan-Americanos de Lima colecionou ippons nas fases preliminares. Em menos de um minuto, passou pela marfinense Zouleiha Dabonne na estreia. Depois, superou a experiente portuguesa Telma Monteiro, que sofreu três punições (shido) e foi eliminada. Nas quartas de final, Rafaela encarou a russa Daria Mezhetskaia, vencedora dos Jogos Europeus deste ano. Após forçar uma punição para a rival, a brasileira apostou nos contra-golpes e finalizou o duelo com um waza-ari, seguido de um ippon a 32 segundos do final.
Número 4 do mundo, Rafaela Silva fez uma dura semifinal contra a japonesa Tsukasa Yoshida, líder do ranking da Federação Internacional de Judô (IJF) e campeã mundial de 2018. Dominante, a judoca local impôs seu ritmo durante os quatro minutos de combate, período em que cada atleta sofreu uma punição. No golden score, o quadro não se alterou, até a brasileira ser batida por ippon depois de 2min25seg de luta.
Derrotada na semifinal, Rafaela foi para a disputa da medalha de bronze contra a francesa Sarah Leonie Cysique, que acabou sendo batida por waza-ari, conquistado após a carioca sofrer uma punição por falso ataque.
A medalha de bronze de Rafaela Silva foi a primeira do Brasil no Mundial do Japão. O ouro ficou a japonesa Christa Deguchi, que defende o Canadá desde 2017. Na decisão, ela superou Tsukasa Yoshida, por waza-ari, no golden score.
Na disputa masculina do peso leve (73 quilos), nenhum brasileiro esteve presente. O ouro ficou com o japonês Shohei Ono, que repetiu os feitos de 2013 e 2015, quando também se sagrou campeão mundial. A prata foi para azeri Rustam Orujovm, enquanto o russo Denis Iartcev e o azeri Hidayat Heydarov.
O Mundial do Japão é considerado como uma prévia para os Jogos Olímpicos de 2020, já que está sendo disputado no mesmo palco da próxima Olimpíada, a Budokan Arena.
