O presidente da FGF e atual vice-presidente da CBF, Francisco Novelletto, causou polêmica ao dizer que apostaria que Neymar pediria dispensa da Seleção Brasileira depois da acusação de que teria estuprado uma mulher. No dia seguinte, em conversa com o Show dos Esportes, alegou ter sido induzido pelo repórter a dar a declaração. Nesta quarta-feira (5), o dirigente da CBF participou do programa Gaúcha +, da Rádio Gaúcha, e voltou a falar sobre o assunto.
— Ele (Neymar) é um cidadão comum. Que atire a primeira pedra quem nunca discutiu entre quatro paredes. Ele é um menino de 27 anos — disse.
Sobre a declaração feita sobre Neymar, o dirigente explicou que não fez nenhum tipo de julgamento sobre a culpa, mas sim sobre a capacidade mental de o jogador suportar a pressão. Também chamou a suposta vítima de "maluca".
— Tiraram uma declaração do contexto. Me perguntaram se a CBF deveria desconvocar o Neymar, e eu disse que não tinha como julgá-lo antes. Mas eu realmente não queria estar na pele do menino. Então, imagina o que ele está passando. Imagine ter a Copa América, um batalhão de jornalistas, imaginem quais as perguntas que vão fazer para ele. Então, entramos no lado humano. Disseram que a maluca estava ameaçando largar um tal de vídeo. Então, eu falei que, se fosse o Neymar, pensaria em uma licença. A CBF também tem coração. O que fizeram? Disseram que eu tinha esse tal de vídeo — explicou, completando:
— No momento, se eu sou ele, por não ter condições psicológicas. Eu fiz a pergunta antes, quem de nós nunca teve um estresse entre quatro paredes? Duvido que algum homem que esteja nos ouvindo nunca tenha tido nenhum tipo de estresse. Eu sou antiviolência, nunca bati em mulher nenhuma. Você apanha no primeiro (encontro) e volta para o segundo?
Novelletto também afirmou que irá se encontrar com Neymar quando o jogador chegar a Porto Alegre com a Seleção e falou sobre seu esforço para trazer a disputa da Copa América para a Capital.
— Só eu sei o quanto eu trabalhei para trazer a sede para o Rio Grande do Sul. Então, que aconteçam bons jogos. Em 1989, a Copa América foi um fracasso de público, porque pegaram as seleções aqui da volta e levaram para Brasília, Manaus, Belém do Pará. Aí fica difícil. Agora, o platino gosta de dirigir. Então, sendo próximo, eles vão invadir. Para a minha surpresa, quando vi os jogos, melhor impossível. Todos os olhos estarão voltados para Porto Alegre, os melhores jogos vão ser aqui. Na vida, eu gosto de ser imparcial. O Inter sediou a Copa do Mundo, então trabalhei para levar a Copa América para a Arena. Em contrapartida, consegui este amistoso do Brasil (contra Honduras) no Beira-Rio — finalizou.