Os próximos cinco dias serão agitados na NFL. Uma leva de dirigentes mais novos e propensos a trocas fez com que as movimentações fossem muito mais intensas na liga do que era comum. Por isso, a expectativa é de que até a próxima terça-feira, dia 30, prazo final para trocas, várias negociações sejam finalizadas de olho no restante da temporada 2018 e no draft de 2019.
Até agora, quatro trocas já foram efetivadas: Carlos Hyde foi do Cleveland Browns para o Jacksonville Jaguars por uma escolha de quinta rodada; Amari Cooper foi do Oakland Raiders para o Dallas Cowboys por uma escolha de primeira rodada; Eli Apple foi do New York Giants para o New Orleans Saints por uma escolha de quarta rodada em 2019 e outra de sétima rodada em 2020; por fim, Damon Harrison foi do New York Giants para o Detroit Lions por uma escolha de quinta rodada.
Com o limite para as trocas próximo, o Prime Time analisa os cenários, necessidades e 10 potenciais trocas que poderiam ocorrer até o fim do mês.
Trocas que você pode ver até o dia 30 de outubro
Tyrod Taylor para o Jaguars
Compensação para o Browns: escolha de quarta rodada
O Jacksonville Jaguars insiste em Blake Bortles, mas fica cada vez mais claro que ele não é a solução para o ataque do time. Por isso, faria sentido apostar em Tyrod Taylor, que não é brilhante, mas teve momentos sólidos no Buffalo Bills. Para o Browns, a troca seria boa para recuperar parte do valor investido — considerando que Baker Mayfield não perderá a posição tão cedo.
Le'Veon Bell para o 49ers
Compensação para o Steelers: escolha de terceira rodada
Para que esta troca seja efetivada, Bell precisaria assinar a franchise tag com o Pittsburgh Steelers. O time está conseguindo correr bem com James Conner, então poderia pensar em economizar e encerrar a distração com as negociações com Bell. Para o jogador, seria a oportunidade de jogar por um time com chance mais real de oferecer o contrato que ele quer. Para o 49ers, não chega a ser um investimento absurdo, porque o espaço no teto salarial é alto, e sobretudo porque Bell parece casar bem no sistema de Kyle Shanahan, que aposta em corridas em velocidade e em recepções a partir do backfield.
Patrick Peterson para o Chiefs
Compensação para o Cardinals: escolha de segunda rodada
O cornerback pediu para ser trocado pelo Cardinals. Depois, conversou com a direção e se acalmou. Mas a ida dele para o Kansas City Chiefs colocaria o time de Andy Reid em um patamar ainda mais alto — aliviando a principal fragilidade do time, que não tem conseguido segurar os ataques adversários. Para o Cardinals, a perde de Peterson seria importante, mas a equipe não tem chances reais em 2018 e já deve começar a se preocupar com o futuro.
Jerry Hughes para o Packers
Compensação para o Bills: escolha de quarta rodada
A secundária do Packers melhorou significativamente em 2018, mas a pressão ao quarterback ainda é um problema grave. Já o Bills não tem chances reais de brigar por qualquer coisa neste ano — e as chances para 2019, quando o contrato de Hughes se encerra, também não são boas. Por isso, o Packers poderia oferecer uma escolha média por um jogador veterano, mas que tem feito uma boa temporada e pode ter um impacto na rotação do edge rush. Para o Bills, a troca significaria um alívio no teto salarial e uma adição ao capital de draft.
Demaryius Thomas para o Titans
Compensação para o Broncos: escolha de terceira rodada
O ataque do Denver Broncos é desfuncional desde a aposentadoria de Peyton Manning. E desde então é Emmanuel Sanders quem tem sido o principal recebedor. Como Demaryius Thomas não é jovem, tem ficado cada vez mais fora dos planos. Para o Titans, DT seria uma adição importante em experiência, mas principalmente em talento, porque Marcus Mariota não tem grandes alvos — o melhor é Corey Davis, que está longe de ser um wide receiver sólido.
Cedric Ogbuehi para o Cardinals
Compensação para o Bengals: escolha de quinta rodada
Ogbuehi foi titular nas últimas duas temporadas, mas perdeu espaço com a chegada de Cordy Glenn. Por isso, pode ser útil para o Bengals buscar uma escolha para reforçar outro setor. O Cardinals tem a pior linha ofensiva da liga, o que dificulta — quase impossibilita — o desenvolvimento de Josh Rosen e o aproveitamento de David Johnson.
Karl Joseph para o Buccaneers
Compensação: escolha de terceira rodada
O Tampa Bay Buccaneers tem conseguido um bom desempenho ofensivo, mas a secundária não ajuda a manter vantagens. Enquanto isso, o Raiders segue o seu trabalho de formiguinha para reconstruir no modelo de Jon Gruden. Karl Joseph, junto com Amari Cooper, foi um dos jogadores disponibilizados para trocas, e ele cairia como uma luva para reforçar a defesa do time da Flórida.
Shane Ray para o Raiders
Compensação para o Broncos: escolha de quinta rodada
O Denver Broncos desistiu na prática de Shane Ray quando não exerceu a opção de quinto ano sobre o contrato do jogador e draftou Bradley Chubb com a quinta escolha geral do último draft. Como Ray tem o contrato expirante, o time pode tentar ganhar algum valor com a sua saída. O Raiders trocou Khalil Mack e ficou com o pior índice de sacks da NFL na primeira parte da temporada. A troca poderia reforçar um setor fragilizado com um investimento mais barato do que seria renovar com Mack. O maior empecilho nesta troca é uma negociação entre rivais de divisão, algo incomum na liga.
DeVante Parker para o Eagles
Compensação para o Dolphins: escolha de quarta rodada
Parker ficou descontente com a sua utilização em Miami. Isso pode mudar com a lesão de Albert Wilson, mas o Eagles poderia investir no recebedor de 25 anos para impulsionar o seu jogo aéreo com um alvo em profundidade. O sistema de Adam Gase tem dado prioridade a outro padrão de recebedores, mais ágeis, como Wilson e Danny Amendola.
Marcus Cooper para o Falcons
Compensação para o Bears: escolha de sexta rodada
O cornerback rodou a liga e está no Bears desde o ano passado. Nesta temporada, perdeu espaço e pode ser movido. Como uma das piores secundárias da NFL, o Falcons ficaria feliz em reforçar o setor imediatamente sem um custo tão significativo.
Estatística da semana
32
Drew Brees se tornou, na vitória do New Orleans Saints sobre o Baltimore Ravens, o terceiro quarterback da história da NFL a ter derrotado todos os 32 times da liga. Os únicos outros dois são Brett Favre (jogou por Atlanta Falcons, Green Bay Packers, New York Jets e Minnesota Vikings) e Peyton Manning (jogou por Indianapolis Colts e Denver Broncos).
Jogador fora do radar
Tarik Cohen virou a arma que Matt Nagy procurava no ataque do Chicago Bears. Draftado na quarta rodada de 2017, o running back de apenas 1m68cm e 86 quilos se tornou a peça híbrida e de velocidade que se ajusta ao sistema do ex-coordenador ofensivo do Kansas City Chiefs — um meio do caminho entre Tyreek Hill e Kareem Hunt.
Cohen tem sido cada jogo mais importante para o Bears. Ao todo, o jogador tem 184 jardas corridas (4,8 por carregada) e — aqui sim o número mais relevante — 328 jardas recebidas, atrás apenas de Taylor Gabriel. O running back tem três touchdowns totais.
Fique de olho
Os dois últimos jogos da noite de domingo envolvem forças da Conferência Nacional. Às 17h25min, o Los Angeles Rams tenta manter a invencibilidade e recebe o Green Bay Packers de Aaron Rodgers. No Sunday Night Football, o Minnesota Vikings recebe o New Orleans Saints na reedição do jogo mais emocionante dos playoffs da temporada passada.
Assine GaúchaZH e fique por dentro de tudo o que acontece com a dupla Gre-Nal. Acesso ilimitado ao site!