
Bebeto de Freitas, ex-treinador da seleção brasileira de vôlei, morreu nesta terça-feira (13) aos 68 anos, em Belo Horizonte. O então diretor de administração e controle do Atlético-MG não resistiu após passar mal quando acompanhava o lançamento oficial do time de futebol americano do clube.
O dirigente chegou a ser atendido por um helicóptero do Corpo de Bombeiros e duas ambulâncias (do Samu e do Corpo de Bombeiros). Em nota, o clube afirmou que o ex-atleta sofreu uma parada cardíaca e foi atendimento prontamente, mas não resistiu.
Bebeto foi jogador de vôlei e, após sua aposentadoria das quadras, foi o técnico da seleção brasileira da Geração de Prata do vôlei brasileiro, que foi vice-campeã dos jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984. Ele também foi presidente do Botafogo entre 2003 e 2008.
A carreira de Bebeto de Freitas no esporte teve início nas quadras de vôlei. Foi um dos grandes jogadores de vôlei do Botafogo, onde foi campeão carioca entre 1965 e 1975. Além disto, defendeu a Seleção Brasileira nos jogos Olímpicos de 1976.
Em seguida, passou por um desafio ainda maior no vôlei: comandar a Seleção Brasileira masculina. E sob seu comando, fez história em 1984, ao ser o técnico da "Geração de Prata". Depois, comandou o Brasil na Olimpíada de 1988.
Também como técnico, consagrou-se em outro país: na Itália, liderou o Mexicano Parma, onde foi campeão cinco vezes. O grande desempenho o levou a assumir o comando da Azzurra entre 1997 e 1998, onde faturou a Liga Mundial de 1997.
Em 1999, Bebeto mudou de ares e de território: aceitou o convite para ser manager do Atlético-MG - a equipe faturou o Estadual e foi finalista do Brasileiro. Dois anos depois, voltou ao clube, que ficou na quarta colocação no Nacional.
Entre 2003 e 2008, Bebeto de Freitas assumiu um desafio ainda maior: o de presidente do Botafogo. Em sua gestão, ele reestruturou um clube que acabara de ser rebaixado, e o Glorioso voltou à elite, além de conquistar o Carioca de 2006.
Em 2017, o ex-dirigente assumiu a pasta de Secretaria e Lazer na prefeitura de Belo Horizonte, a convite do atual prefeito, Alexandre Kalil. Mas deixou o cargo com a eleição de Sérgio Sette Câmara, para se tornar diretor de administração e controle do Galo, em seu último trabalho.
Relembre
Entrevista com Bebeto Freitas em 2015, quando o ex-técnico da seleção de vôlei fez duras críticas à gestão esportiva no país: