O Palmeiras precisa superar dois obstáculos para realizar o desejo de ter Rafinha em 2018. O primeiro - e mais difícil, no entendimento de pessoas do clube - é que o lateral-direito convença o Bayern de Munique a liberá-lo já em janeiro, seis meses antes do fim do contrato. O segundo, teoricamente mais simples de ser superado, é o acordo com o jogador.
O Bayern, a princípio, não está disposto a abrir mão de Rafinha e já sinalizou a ele o desejo de renovar o vínculo que vence em junho de 2018. Só que o jogador, embora não descarte permanecer por lá, tem dito que pretende retornar ao Brasil. Ele terá uma conversa com a diretoria do clube alemão, provavelmente na próxima semana, para tratar disso. O ex-jogador Lincoln é o seu empresário.
- Faz sete anos que estou aqui e definir tudo em um mês é complicado, então não é fácil. Eu tenho minha vida toda na Alemanha, são 13 anos que estou aqui, mas claro que é meu desejo voltar ao Brasil, ficar perto da minha família, dos meus filhos, da minha mãe, já estou há muito tempo longe de casa, mas estou amadurecendo esta ideia. A vontade de jogar no Brasil existe, e espero que, se não for agora, que seja em breve - disse o lateral, ao Esporte Interativo.
Se Rafinha resolver com o Bayern que chegou o momento de jogar no Brasil, o Palmeiras vai investir na contratação do jogador. Além disso, o clube tem dois bons trunfos para superar a concorrência de outros clubes - o Cruzeiro é um dos interessados.
Um deles é a amizade do ala com o goleiro Fernando Prass. Eles jogaram juntos no Coritiba, de 2003 a 2005, tornaram-se bem próximos e mantêm contato até hoje. Comenta-se no Verdão que a possibilidade de jogarem juntos novamente já foi tema de conversas da dupla, com Prass tentando convencer o amigo a vir.
O outro trunfo é a ótima estrutura do clube, que dará a Rafinha condições de trabalho parecidas às que ele tem na Europa. Mesmo que as chances de disputar a Copa do Mundo pareçam pequenas, o ala quer voltar ao Brasil para ganhar títulos e jogar em bom nível por alguns anos, e não em ritmo de fim de carreira. O Coxa foi o único clube dele no país. De lá, passou por Schalke 04 (ALE) e Genoa (ITA) antes de chegar ao Bayern.