Um esporte que, mais do que tudo, traz a inclusão. Uma mesa, duas raquetes, uma rede pequena e uma bolinha. Possivelmente, você já deve ter jogado, de brincadeira, com os amigos. Popularmente, o ping-pong. Profissionalmente, tênis de mesa.
Caxias do Sul tem um Centro de Treinamento com atletas de todas as idades que praticam o tênis de mesa, e não só como um esporte de alto rendimento, mas também como forma de aprendizado e de inclusão social. Esporte olímpico e paralímpico, não tem idade e nem limitador para jogar.
Professor no Tonico Sports, onde está localizado o centro municipal de tênis de mesa, certificado pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, Alexon Piccolin, 40 anos, foi um dos idealizadores da criação de um espaço específico para treinamentos em Caxias do Sul:
– No começo, não tinha com quem treinar aqui, então eu descia todo fim de semana para treinar em São Leopoldo.
Atleta paralímpico desde 2010, Alexon coleciona várias conquistas nacionais e internacionais. Para ele, a inclusão que o esporte proporciona é importantíssima:
– O tênis de mesa me colocou numa condição de igual. Na mesa, salva as questões técnicas individuais, todos são iguais. Se a gente observar aqui, não há um tipo, um padrão físico, altura. Fiz vários esportes antes e percebi que poderia ser igual a qualquer um. Estava meio perdidão, aí que encontro o tênis de mesa. É a minha vida.
No ano passado, Hugo Calderano repetiu o melhor desempenho do Brasil em Olímpíadas. Com a chegada às oitavas de final da competição masculina, igualou Hugo Hoyama, que em 1996 também fez o mesmo.
Promessas caxienses no esporte
Algumas jovens promessas começam a surgir dos treinamentos do Tonico Sports. Aos 16 anos, Eduardo Xavier e Leonardo Yuri dos Santos praticam o esporte há dois e três anos, respectivamente, e vêm conquistando bons resultados nas competições que disputam. O objetivo dos dois é ajudar o esporte a crescer e ser valorizado.
– Devido a diversos fatores, escola, trabalho, essas coisas, eu não consigo me dedicar tanto quando eu poderia. Não sei o nível que posso chegar. Mas espero no futuro ser técnico, poder fazer alguém ser campeão, porque já sou campeão em nível nacional. Esse é o meu sonho – diz Leonardo Yuri.
Ele comemora o fato de tanta gente procurar o esporte:
– É legal ter agora mais de 20 pessoas para treinar. Quando comecei, éramos em poucos. Isso ajuda a aumentar o nível.
As pretensões de Eduardo são de conquistas e de também chegar no topo nacional:
– Meu futuro dentro do esporte é ganhar uma medalha nacional, assim espero, e também, futuramente, se tudo der certo, chegar na seleção.
O começo no tênis de mesa foi por acaso, mas a escolha de vida passou a ser a raquete e a bolinha a partir do dia que conheceu a modalidade:
– Eu nunca tinha jogado o ping-pong ou tênis de mesa. Conheci quando entrei no Ensino Médio e um colega meu praticava. É muito bom a experiência de competir, de trazer medalhas, de vivenciar a energia de um campeonato.