A ligação de Arthur Bernardi com o basquete inicia muito antes de ele se tornar um gigante de mais de dois metros de altura. Com apenas seis anos, nas quadras do Recreio da Juventude, ele tentava os primeiros arremessos para a cesta. Era apenas o começo de uma trajetórias de saídas e retornos que terá a partir desta terça-feira um momento especial: representar a cidade natal no NBB.
Desde muito cedo, Arthur sonhava em ser um jogador profissional e se espelhava no ídolo Michael Jordan. Aos 12 anos, foi jogar no Clube Juvenil e, posteriormente, aos 16, começou realmente a levar o desejo a sério, quando partiu para São Paulo, onde atuou no Paulistano.
– Foi quando cresceu o interesse de ser um profissional. Fiquei dois anos lá, depois quatro anos nos Estados Unidos e um na Espanha. Foram experiências importantes para conhecer estilos diferentes de basquete. Voltei mais maduro, com a certeza de que seria o meu ganha pão, a minha carreira – relembra.
O primeiro momento de retorno para a cidade natal foi na temporada 2014/2015. Arthur foi um dos destaques do Caxias na conquista da Liga Ouro, que garantiu o time na elite. O bom desempenho também levou o jogador a ser convocado para um período de treinos com a seleção brasileira adulta.
– O primeiro ano foi engraçado. Estava voltando da Espanha atrás de um time, estava sem mercado e acabou sendo muito legal. Vinha com muita vontade e queria mostrar serviço. Não esperava viver a experiência na seleção e foram dias de treinos em alto nível, uma conquista ótima para a carreira – comenta o jogador.
Após a conquista da Liga Ouro, o ala/pivô trocou de ares. Foi para o São José-SP, mas acabou prejudicado por uma série de lesões. Atuou em apenas 13 jogos, com médias de pouco mais de 15 minutos em quadra. Com o término das atividades da equipe paulista, surgiu a oportunidade de um novo retorno para casa. Em Caxias, ele espera ter o apoio da família e dos amigos para ter uma temporada especial.
– Não só para mim, mas para o Caxias é um ano de afirmação. Minha expectativa é de buscar uma vaga entre os oito. Mas é um passo de cada vez, treinar e crescer no dia a dia. Sempre quis jogar profissionalmente e estar representando a minha cidade no NBB é algo que não posso definir o quanto é bom – define.