Centroavantes
Depois da Granja Comary conviver por muito tempo com Dadá Maravilha como “repórter ex-goleador”, a segunda-feira trouxe outro ex-artilheiro a Teresópolis. Antônio Oliveira Filho, o Careca, titular do Brasil nas Copas de 1986 e 1990, está contratado por uma TV japonesa e esteve conferindo os trabalhos da Seleção.
Veja a tabela dos jogos da Copa do Mundo
Guia das cidades-sede: confira dicas sobre as capitais da Copa
Veja o guia alfabético das maiores personalidades dos mundiais
Como não poderia deixar de ser, conversou com a imprensa dando suas opiniões sobre o time de Felipão. Confira algumas:
Sobre o desempenho do time:
“Infelizmente não está o que esperávamos. Estamos indo com um pouco de reza, de terço na mão. Os resultados estão aparecendo, mas estamos longe. Não evoluímos. Passamos por um sufoco danado. Acho longe do que a gente esperava. Estamos nas quartas-de-final e não mostramos evolução.”
Sobre os problemas da equipe:
“São vários. Estamos dando espaço no meio-campo e saindo jogando lentamente. Temos os meias de articulação com problemas, tanto o Oscar como estava o Paulinho. O Hulk tem dificuldades de movimentação e está matando o Fred. A bola não chega no centroavante que faz o pivô pela falta de jogadas com os meias.
Sobre o fator emocional:
“Todos sabiam da pressão por jogar no Brasil, mas não pode deixar isto transparecer, sair para fora. Muitos não têm experiência, mas isto tem que ser superado. O que se sente tem que ser guardado para si.
Sobre Felipão:
“Não podemos esperar mais do Felipão. Ele tem suas limitações. Os jogadores é que precisam buscar as soluções pois são capazes. Eles têm que tirar algo de dentro deles para a equipe.”
Sobre Fred:
“A bola não está chegando ele. Não o tiraria do time e até penso em escalar o Jô junto com o Fred. Quando ouço falar em tirar o centroavante, discordo totalmente. Se eu estivesse no lugar do Fred e a bola chegasse tão pouco, já estaria berrando”.
Papo
Ao final da visita de Careca à Teresópolis, houve a tão esperada entrevista feita por Dario para uma TV de Minas Gerais. Entre sorrisos e elogios, a conclusão de ambos foi de que com a dupla no ataque, certamente haveria muitos gols do Brasil. “Não ia ter prá ninguém”, disse Careca, lembrando a frase de Dario : “Com Dadá em campo não tem placar em branco”.
Retraído
O assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, não entrou em detalhes sobre sua briga com os chilenos, em espacial com Pinilla no último sábado. Preferiu dizer que o futuro provará que ele não agrediu o jogador. Também não falou sobre a suspensão de um jogo imposta pela FIFA, mostrando-se resignado. No jogo contra a Colômbia o trabalho da imprensa na Seleção Brasileira será comandado por Vítor Rios, que trabalha há quatro anos com Rodrigo.
Rivalidade
O grande desempenho da Colômbia de James Rodriguez e que poderá ter Falcão Garcia, a tradição do Brasil de Neymar e da Argentina de Messi e o Chile de Alexis Sanchez e Vidal cheio de moral, mesmo eliminado da Copa do Mundo são alguns ingredientes que esquentam de antemão a Copa América que será realizada no ano que vem no Chile. Uma novidade poderá ser um ambiente de maior rivalidade dos donos da casa com os brasileiros em função de tudo o que cercou a tensão do jogo do último sábado. Duas seleções da CONCACAF estão convidadas para a disputa: México e Jamaica. A esta altura seria muito bom ter a Costa Rica no lugar dos jamaicanos.
Pavão
O estilo José Maria Marin tem diferenças radicais em relação ao seu antecessor Ricardo Teixeira. Uma delas é no uso da imagem pessoal do presidente da CBF. O estilo do velho político faz Marin ter uma necessidade de estar sob luzes, mesmo que não vá concorrer a nenhum cargo, seja na vida pública ou na entidade. Uma das maiores provas é a exposição constante do dirigente no site da confederação. São vídeos, notícias e fotos, muitas fotos, com ele nas mais diversas ocasiões. Quando dos jogos, sempre existe uma verdadeira “galeria Marin” onde aparece ao lado das mais variadas autoridades e personalidades, sempre com um sorriso, algo que também era raríssimo com Teixeira.
Taça do Mundo – Porto Alegre – Capital Gaúcha foi uma grande anfitriã na Copa do Mundo. Os cinco jogos foram bons, o estádio esteve lotado, os visitantes ficaram contentes, os serviços funcionaram e a estrutura em geral se mostrou eficiente. Sobraram elogios mundo a fora.
Troféu Abacaxi – Rodrigo Paiva – Assessor de imprensa da CBF tinha ido muito bem na sexta-feira ao defender os interesses brasileiros e preservar a Seleção diante das insinuações chilenas de benefícios da arbitragem ao Brasil. No sábado, porém, perdeu totalmente a razão ao se meter numa briga com um jogador do Chile. O resultado foi a acusação de agressão e uma suspensão de um jogo.