O empresário de Alexandre Pato, o gaúcho Gilmar Veloz, fala sobre a mudança de endereço do atacante, que trocou o Corinthians pelo São Paulo. Alcancei-o nesta quinta por telefone. Leia um resumo da nossa conversa.
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Zero Hora - Um grupo de torcedores, ou melhor, bandidos fantasiados de fãs de futebol, ameaçaram quebrar a perna de Pato na semana passada. Ele ficou com medo?
Gilmar Veloz - Não. Está tranquilo. Se quisessem quebrar o jogador, teriam quebrado quando invadiram o centro de treinamento (CT) do clube, sábado passado. Eles não pegaram o Guerrero (que foi gravateado)? Então, poderiam pegar qualquer um, estavam dentro do CT. Mas tem muito teatrinho neste episódio, sabe?
ZH - Como assim?
Veloz - O ambiente político no Corinthians está muito tenso.
ZH - Por que o Pato saiu, então?
Veloz - Ele jogava no Milan. Ficou quase um ano fora na Itália por lesões. Voltou ao Brasil com o projeto de entrar aos poucos, recuperar a forma e fazer um número específico de partidas (63, com 17 gols). Foi o que ele fez no ano passado. A atual temporada seria uma continuidade do projeto, mas aí o Tite saiu, e o Mano entrou. Tudo mudou muito rápido.
ZH - O Mano Menezes não queria o atacante no Corinthians?
Veloz - Ele ficou sem espaço com o novo técnico, que queria o Jadson, não o Pato. Ele tinha outra ideia, outro sistema tático na cabeça. O Pato não era importante para o esquema do Mano. Ele pedia um meia. Ganhou. Conheço o Jadson, gosto dele.
ZH - Pato gostou da mudança?
Veloz - O São Paulo é um grande clube, disputa todos os títulos. O Pato é jovem. Começa uma nova etapa na carreira. Ele não estava nos planos do técnico Mano Menezes. Sobrou, aí, mudou de clube. Ele é profissional. Não está chateado.
ZH - É difícil atuar no Corinthians?
Veloz - Conheço o clube muito bem, sei como é. Vi episódios semelhantes no passado. Acho que observarei outros no futuro também.
Pato pediu para deixar o Timão. Encontrou guarida no rival São Paulo.