Não tem para ninguém no NBB. Pelo terceiro ano seguido, o Brasília é o campeão da competição e consolida sua hegemonia no basquete nacional. Na manhã deste sábado, no Ginásio Municipal Professor Hugo Ramos, em Mogi das Cruzes, a equipe da capital federal não deu nenhuma chance ao São José e venceu por 78 a 62, para ficar com a taça na primeira final em jogo único da história da competição.
Invicto em decisões de NBB, o ala-pivô Guilherme Giovannoni foi o cestinha da partida, com 26 pontos. Além dele, Nezinho (13 pontos), Arthur (14) e Alex (15) também tiveram papel importante no triunfo. Do lado do São José, o pivô Murilo - apesar de ter feito uma partida irregular - terminou com com 20 pontos.
O ginásio lotado não intimidou em nada o Brasília, acostumado a jogar decisões. O início de jogo da equipe candanga foi arrasador. Apostando na transição e abusando dos contra-ataques, o atual bicampeão abriu 10 a 0. Isto foi o suficiente para o técnico Régis Marrelli parar a partida e tentar organizar o time.
Mesmo depois do tempo, São José ainda ficou mais um minuto zerado e só conseguiu abrir o placar em um arremesso de três do ala Jefferson a 5m30 para o fim do período. Na sequência porem, Brasília deu o troco e conseguiu estabelecer sua maior vantagem no primeiro tempo ao abrir 13 de frente: 16 a 3. Até o fim da etapa, os candangos não perderam o controle da partida e fecharam a parcial com 18 a 10.
No início do segundo quarto, São José conseguiu diminuir a diferença ao fazer quatro pontos seguidos. Foi aí que a equipe entrou definitivamente na partida. Principais destaques do time joseense, Murilo e Fúlvio tinham uma atuação bastante discreta até o momento.
Com os reservas em quadra, o Brasília perdeu poderio ofensivo e os erros de ambos os lados fizeram o jogo ficar feio. O nervosismo joseense ficou evidente em uma falta antidesportiva do espanhol Álvaro Calvo em Alex. O brasiliense converteu os dois lances livres e esticou a vantagem para sete (30 a 23) a menos de dois minutos para o fim do quarto.
No último minuto, São José melhorou e foi para o vestiário perdendo apenas por quatro pontos: 29 a 33.
Com Murilo e Fúlvio apagados também no terceiro período, Dedé tratou de chamar a responsabilidade. Mas com os demais companheiros em manhã pouco inspirada, as coisas foram se complicando ainda mais para São José no terceiro quarto.
O Brasília, porém, era cirúrgico. Com a eficiência do quarteto Nezinho/Alex/Arthur/Guilherme Giovannoni, não perdeu o controle em nenhum momento e minou as forças do rival. Apenas neste terceiro período, fez 20 a 10 e fechou a parcial vencendo por 53 a 39, a maior diferença até então.
O quarto período acabou se transformando numa mera formalidade com menos de quatro minutos jogados, quando o Brasília conseguiu abrir 19 pontos apoiando-se nos pontos de Guilherme Giovannoni. A um minuto do fim, o grito de tricampeão já era ouvido pela minoria brasiliense no ginásio.