— Foi a decisão mais difícil da minha vida.
Com estas palavras, o volante Pablo Horácio Guiñazu anunciou sua aposentadoria dos gramados. Aos 40 anos, o jogador decidiu não esperar o término da Superliga Argentina previsto para 6 de abril. O Talleres não tem mais chance de título ou de vaga na Libertadores, nem corre o risco de ser rebaixado. A eliminação para o Palestino, na terceira fase da competição continental, pesou na decisão ao argentino.
Nesta sexta-feira (1), o Talleres convocou a imprensa e torcedores para a entrevista coletiva de Guinãzu. Desde as primeiras horas da manhã, já se especulava, em Córdoba, o teor do encontro. Emocionado, o técnico Juan Pablo Vojvoda resumiu o pensamento sobre o jogador:
— Guiñazu é um exemplo de vida. Um enorme companheiro. Foi um líder dentro de campo e seguido por seus companheiros em cada momento.
Guiñazu começou a carreira na base do Newell's Old Boys em 1996. Chegou a jogar na Europa, onde atuou no Perugia, da Itália, e no Saturn, da Rússia. Mas foi no Libertad, do Paraguai, que ele ganhou visibilidade durante a Libertadores de 2006.
Após boas atuações, chegou ao Inter em junho de 2007, com 28 anos e custo aproximado de US$ 1 milhão. Foram cinco anos e meio no Beira-Rio e muitas conquistas: Libertadores 2010, Copa Sul-Americana 2008, Recopa 2011 e os Gauchões de 2008, 2009, 2011 e 2012. Foram 282 jogos e quatro gols marcados.
Ao deixar o Inter, o Cholo voltou ao Libertad para uma breve passagem, retornando ao Brasil para defender o Vasco entre 2013 e 2015. O final de carreira se aproximou e o volante decidiu terminar seu período como jogador no Talleres, de Córdoba, atendendo a um sonho do pai. Após três temporadas e um único gol, que valeu o acesso do Talleres da segunda para a primeira divisão, Guiñazu decidiu pendurar as chuteiras.