O diretor esportivo Magrão concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (4), no CT Morada dos Quero-Queros, em Alvorada, antes do treinamento do Inter, onde detalhou diversos pontos do planejamento do clube, que voltará a jogar no Beira-Rio no próximo domingo (7) diante do Vasco. Magrão falou sobre a busca por reforços, o calendário cheio de julho e também o aproveitamento da base. Ele também confirmou a decisão de Hugo Mallo de deixar o Colorado.
Confira os principais pontos da coletiva
Capacidade de investimento do Inter para contratações
"A gente sabe o que aconteceu com a enchente. O custo que tivemos com reformas do CT e do Beira-Rio. A venda do Mauricio foi uma das maiores vendas do Inter. Estamos atentos ao mercado. As nossas conversas são diárias em relação a reforços. A gente entende que montou um grupo forte e grande para suportar todas as competições. Não esperávamos a enchente e ter de vender o Mauricio. A gente buscava um goleiro e os valores era de R$ 5 milhões para cima, salários de R$ 300 mil. Essa é a realidade do futebol. A gente em ação de mercado e coragem trouxe o Fabrício, que se mostrou uma peça com resposta que poucos esperavam.
O Wesley, quando chegou, se ouvia muitas críticas e está dando resposta. Nós temos o CAPA, eu estou ali toda hora porque estamos prospectando jogadores e buscando. A gente hoje tem um grupo de muito caráter e isso me deixa muito orgulhoso. Quando ouço que o grupo está rachado, que quebrou… Sempre quando acaba o jogo está todo mundo junto. Eu prezo muito por isso quando busco um jogador. A gente está buscando sem ter esse poder todo de investimento, como disse o Coudet. Temos hoje três jogadores de seleção fora. Mesmo sem esses atletas e estádios, estamos ali pontuando".
Sobre escolher uma competição como prioridade
"Nós estamos vivos. Penso que a gente se programou bem quando saiu. Nós só tivemos um insucesso contra o Belgrano, que foi uma derrota que nos custou. Fizemos uma pré-temporada em Itu. Fomos para lá tendo um custo alto sem saber qual seria o custo com o Beira-Rio e CT. Nos reunimos durante a enchente quase todos os dias para achar a melhor solução e entendemos que Itu era o melhor para ter o menor desgaste possível. Fomos criticados por ficar longe do torcedor, mas era necessário para fazer uma espécie de pré-temporada. Mas acho que é cedo para escolher competição. A bandeira das 38 finais se perdeu um pouco pela enchente, o nosso coirmão também, é sempre difícil vir jogar aqui. A gente vai brigar. Tem os jogadores de seleção voltando".
Para quais posições o clube busca reforços
"Atacante ficou claro, porque temos dois na Copa América. Qual equipe no Brasil tem Borré, Enner e Alario? Nem falo do Lucca, que já é uma realidade para a gente. Para a posição do Mauricio temos jogadores que podem suprir. O Bruno Henrique está jogando ali, o Bruno Gomes também. Podemos jogar com dois atacantes, com dois extremas, agora falando de parte tática. Pode aparecer uma oportunidade de mercado que venha um zagueiro e o Igor Gomes vai para a lateral ou vir um lateral e ele ir para dentro. Temos um grupo que já era forte, agora perdemos Mauricio e Mallo, que é um cara que ajudou a potencializar ainda mais o Bustos. Estamos atentos. Não posso falar posições que precisamos porque temos um grupo formado. Tem que ter cuidado para falar de posições porque devemos valorizar quem está ali."
Aproveitamento da base
"Eu não sou o treinador, eu tenho que respeitar a hierarquia do treinador. Eu converso, mas a decisão final sempre vai ser dele. As decisão minhas eu sempre arco. Eu não posso tomar as decisões pelo treinador porque quem será cobrado depois vai ser ele. Existe uma cautela para colocar porque as mesmas pessoas que pedem esses garotos vão criticar se for mal. Tem um jogador que pouco se falou que foi o Robert Renan. Eu dei uma entrevista dizendo que iríamos recuperá-lo e isso aconteceu. A gente tem muita liberdade de conversar, mas eu não escalo o time. O Coudet foi importante no processo do Robert Renan e tem sido com os garotos, com o Gabriel, com o Gustavo (Prado). O Gustavo não jogou na Copa SP. O garoto chega da base com vícios e isso é normal, eu também tinha quando subi. Isso é normal. Quando subi no Palmeiras não era o cara da base, nunca fui, e tive uma carreira de sucesso. O cuidado que temos com os garotos é diário, essas conversas são diárias. Então existe da nossa parte um receio. Tinha alguns jogos que estava para o Gabriel entrar em campo, mas o jogo mudou, tomou um outro rumo e resolvemos não expor o guri. Existe essa preocupação. Na hora certa o Gabriel, o Gustavo e outros estarão em campo, mas quem define essa hora certa não sou eu. Isso quem define é o treinador e eu confio muito nele."