A estreia de Roger Machado no Beira-Rio terá de ser, pelo menos em resultado, diferente de seu primeiro jogo como técnico do Inter. Seu contato inicial com a casamata foi de derrota por 1 a 0 para o líder do Brasileirão, o Botafogo, fora de casa. Nesta terça-feira (23), recebe o Rosario Central na partida de volta do playoff da Copa Sul-Americana. Na ida, a derrota por 1 a 0 obriga os colorados a vencer por dois ou mais gols para avançar no tempo normal.
A melhor notícia para Roger é que, para terça, haverá retornos. O desfalcado time que enfrentou o Botafogo será encorpado com as voltas de Alan Patrick e, possivelmente, Enner Valencia. Wanderson também pode reaparecer. Isso deve aumentar o poderio ofensivo da equipe, que mais uma vez deixou a desejar.
— Vou ver quais jogadores terei à disposição para terça, e assim veremos como feita a utilização do Alan Patrick — citou Roger.
A segunda melhor notícia para o treinador é que seu time enfrentou o líder do Brasileirão e fez um segundo tempo digno. Depois de ser amassado na etapa inicial e terminar perdendo por 1 a 0, teve duas chances claras para buscar a igualdade na metade final, mas acabou desperdiçando. Os últimos 50 minutos reacendem a esperança colorada para uma mudança de cenário não só no campeonato nacional mas também na Sul-Americana.
— No primeiro tempo, sofremos com a característica do adversário, que é mais direto, busca finalizar rápido. Sustentamos os primeiros 15 minutos, mas de fato produzimos pouco. Com as mudanças, no segundo tempo, tentamos manter a intensidade e encontrar profundidade. As situações passaram a acontecer com mais frequência, tivemos mais chegadas na frente — completou o treinador.
Para enfrentar o Rosario Central, porém, ele deu o recado:
— Temos pouco tempo para trabalhar, mas terça-feira tem outra decisão e temos de achar soluções para esse outro momento.
Os jogadores também avaliaram a partida. Para Bruno Henrique, não houve condições para buscar algo novo já imediatamente:
— Tivemos só um dia pra treinar com Roger. É difícil para poder colocar as ideias de jogo, bola parada, várias coisas.
Borré foi na mesma linha:
— Precisamos que nosso jogo coletivo fique mais sólido para que as individualidades apareçam. Sei que não temos o ritmo ainda, mas agora vamos ter mais tempo também com o novo treinador.
Cansaço, nervosismo e novo trabalho à parte, o ano do Inter passa por terça-feira. É nisso que Roger terá de trabalhar para reverter o resultado da Argentina, contar com o Beira-Rio como aliado e seguir sonhando com algo maior do que apenas disputar o Brasileirão em 2024.