
A operação Sevengate, deflagrada na manhã desta quinta-feira (13), foi concluída no início da tarde. O último mandado de prisão foi cumprido quando Nicolas da Silva Rosa Santos, 22 anos, se apresentou na delegacia. Ele é suspeito de participar no espancamento e no roubo de uma faixa e de um celular de um torcedor após a partida Inter x México, realizada em 16 de janeiro, no Beira-Rio. Outros dois envolvidos já haviam sido presos pela manhã. A vítima é integrante da organizada Popular, a mesma dos detidos.
Além de Nícolas, foram presos também Leonardo da Silva Fraga, 29 anos, considerado um dos líderes do núcleo de Canoas da torcida, e Juan Melgares Fallera da Silva, 22 anos. Com Leonardo, que foi detido em seu local de trabalho e já tinha passagem por tumulto em evento esportivo, foram encontrados dois socos ingleses e drogas. Com Juan, estava um chapéu da torcida Geral do Grêmio. Segundo ele, o material foi roubado na briga entre as torcidas colorada e gremista antes do Gre-Nal de sábado passado, pela decisão do Gauchão, em uma estação do Trensurb.
Câmeras do Beira-Rio flagraram agressões
Os três foram flagrados pelas câmeras do Beira-Rio agredindo outro homem após o jogo que abriu a temporada do futebol. Eles queriam roubar uma bandeira portada pela vítima, que ficou desacordada após as agressões. O homem foi resgatado por seguranças do Inter e pela Brigada Militar de serviço no estádio.
Segundo o delegado Vinícius Nahan, da 2ª DP, a suspeita é de que a briga tenha ocorrido por uma disputa entre núcleos da Região Metropolitana. Os incidentes seguem sob investigação, agora com os presos preventivamente.
Contraponto
Suelen Braga, advogada de Nicolas, afirmou que seu cliente tentou apenas apartar a briga, e que esse é seu único envolvimento. Segundo ela, as imagens comprovam sua versão. Garante que ele não conhece os demais presos e que em sua casa não foram encontrados quaisquer materiais de outras torcidas nem os objetos roubados na briga da partida entre Inter e México.
— Na instrução processual, sua inocência será provada — finaliza Suelen.
As defesas dos outros suspeitos ainda não se manifestaram.