Após a direção do Inter conseguir um acordo com o Werder Bremen para antecipar a chegada de Rafael Santos Borré, a torcida tem a expectativa de como o colombiano será encaixado no time de Eduardo Coudet. O Desenho Tático de GZH projeta as mudanças que serão feitas pelo técnico argentino para a entrada do novo reforço na equipe.
Como as inscrições para o Gauchão foram encerradas em 16 de fevereiro, Borré só poderá estrear pelo Inter na Copa do Brasil. O jogo da segunda fase da competição diante do Nova Iguaçu, do Rio de Janeiro, está marcado para 13 de março. A expectativa é de que Enner Valencia já esteja recuperado das dores no pé direito e à disposição do treinador colorado.
Taticamente, Eduardo Coudet não abre mão da formação no 4-1-3-2. Será dentro dessa plataforma que Borré será usado. O colombiano se acostumou a jogar nesse sistema tático no River Plate. Marcelo Gallardo usou o 4-1-3-2, por exemplo, em maior parte da campanha do título da Libertadores de 2018 que teve Borré como um dos protagonistas.
Para Borré atuar ao lado de Valencia, Alan Patrick passará a jogar como um dos meio-campistas. Essa alternativa já foi usada por Coudet ao longo do Gauchão. A primeira vez foi diante do Ypiranga, quando Alario entrou no intervalo no lugar do Bruno Henrique formando a dupla de ataque com Valencia.
Depois, Coudet iniciou três partidas tendo Alan Patrick como o homem central da linha de três meias. A primeira foi contra o Santa Cruz, quando Lucca formou o ataque com Valencia. Diante de Brasil de Pelotas e Novo Hamburgo, Alario acompanhou o equatoriano. No Gre-Nal, Coudet optou por voltar a escalar Alan Patrick como atacante, mas Alario entrou ao lado de Valencia logo após o segundo gol do Grêmio. Na ocasião, também foi Bruno Henrique quem saiu. O camisa 8 é mais cotado a deixar o time com Mauricio e Wanderson permanecem nos lados da linha de três meias.
Ainda no começo do Gauchão, Coudet falou sobre sua preferência de jogar com dois atacantes ao ser questionado sobre como pretendia usar Alan Patrick nesta temporada com as chegadas de nomes como Alario e Borré.
— Se vocês olharem para os times que treinei, sempre meus times jogaram com um volante, três meias e dois atacantes. A solução é correr. Todos podem jogar juntos se correm. Eu gosto de times que correm e brigam. Não gosto de falar de um nome, mas estamos falando de um jogador muito importante, nosso capitão (Alan Patrick), que se moldou a diferentes posições e maneiras de jogar — declarou o técnico argentino.
Um provável Inter com Borré:
Características
Ainda que possa jogar como centroavante, Borré não é o típico camisa nove. Em termos de características, ele é mais parecido com Valencia do que com Alario. O colombiano é um jogador de movimentação no ataque, mas tem a faixa central como preferência. Normalmente, ele fez movimentos de chegada ao centro do ataque tanto em diagonais quando recuando pelo centro do campo.
Encaixe
Borré chega ao Inter no momento que Alario teve uma subida de nível e Valencia já é consolidado como titular. Pela forma de jogar de Coudet e pelas características, não dá para projetar os três atuando juntos. Uma utilização dos três deve acontecer apenas em circunstâncias que o Inter esteja precisando buscar o resultado em retas finais de partidas.