Pelos próximos anos, quando a eliminação do Inter no Gauchão 2024 for citada, dois lances serão lembrados: a expulsão do meia Mauricio e o pênalti desperdiçado pelo zagueiro Robert Renan, que tentou dar uma "cavadinha" contra o goleiro do Juventude. As ações de ambos foram tão capitais que geraram o comentário do capitão colorado Alan Patrick em entrevista na zona mista do Beira-Rio.
— Quando se joga em alto nível, em uma equipe gigante como o Internacional, temos que ter essa noção de que tudo que você fizer tem uma repercussão muito grande. Hoje (segunda-feira, 25), o Mauricio acabou tento uma reação, mas tanto ele como o Robert são jovens. Não dá para a gente depositar tudo na conta deles. Todos nós temos responsabilidades e cabe esta autorreflexão. O Robert é jovem e, com certeza, vai ser uma lição para a vida dele. Temos que dar força. Não cabe a nós julgar e condená-lo. Ele mesmo vai sentir e fazer a análise do momento — avaliou.
O camisa 10 também fez uma autocrítica. Referência técnica da equipe comandada por Eduardo Coudet, o meia não conseguiu se sobressair em nenhum dos dois confrontos de semifinais.
— Tem o mérito do adversário, que estuda a nossa equipe e nossos pontos fortes. Concordo que conseguiram fazer uma marcação forte no jogo de lá. Não conseguimos, como equipe, fazer um jogo brilhante e tínhamos a confiança que na nossa casa seria um jogo diferente, porém o Juventude conseguiu fazer uma marcação dura. Não tivemos facilidade onde eu costumo jogar, entre as linhas, para encontrar os espaços. Futebol é assim, tem a parte da estratégia, que o adversário tentam neutralizar nossa equipe. É seguir trabalhando. Não vejo outra solução — disse.
Outro ponto que chama atenção é o fato de o Inter ter sido eliminado mais uma vez por pênaltis, em casa. Desde 2021, o Colorado caiu em cinco de seis disputas, para Olimpia (Libertadores 2021), Melgar (Copa Sul-Americana 2022), Caxias (Gauchão 2023), América-MG (Copa do Brasil 2023) e, agora, Juventude (Gauchão 2024).
— Decisão por pênaltis é sempre muito complicada, envolve um lado emocional. É claro que, quando se vem de um histórico negativo, o torcedor fica desconfiado e com medo de passar pela mesma situação. Nós somos responsáveis por tentar passar confiança para o torcedor e fazer o Internacional virar esta página — comentou Alan Patrick.