A largada do Inter no Gauchão mantém o treinador Eduardo Coudet confiante. Depois da vitória sobre o Ypiranga, neste sábado (27), no Beira-Rio, o treinador disse que está "encantando" com as opções que tem para montar o time no início do ano, quando tem procurado revezar nomes até consolidar a preparação física dos atletas.
— É impossível não ter ilusão. Tem o compromisso dos atletas, diretoria, todos os funcionários. É uma energia positiva. Sim, vivemos a ilusão. Vivo ilusionado, cada vez que inicio uma competição de que o melhor pode acontecer. É ir melhorando ao longo do tempo. É um processo difícil — comentou o treinador.
Mesmo com o respaldo ao grupo, o técnico não deixou de responder na entrevista coletiva após a goleada sobre o Ypiranga sobre contratações. O goleiro Anthoni, que estava atrás de Rochet e Ivan na fila por uma oportunidade, foi titular nas últimas duas partidas por conta das lesões dos companheiros de posição. O jovem não tomou gols até agora, e Coudet diz não ter pressa para a reposição, apesar de deixar claro que o elenco ainda não está fechado.
— Ele está fazendo bem. É um trabalho defensivo de bloco, de grupo. Claro que o goleiro é importante também. Vamos com tranquilidade. Não vamos fazer nenhuma negociação apressada se não temos certeza de que podemos encontrar algum jogador que nos dê algo a mais. Se não, estamos tranquilos — garantiu.
Já sobre a busca por um lateral, Coudet afirma que a direção ainda não tem nomes encaminhados. No entanto, o torcedor não pode se surpreender se alguém for contratado dentro de pouco tempo. O comandante colorado reconhece o dinamismo do mercado.
— A verdade é que, para apontar alguém, temos que estar convencidos. E até o início do Brasileirão pode acontecer muitos negócios. Hoje não temos nenhum nome. Quem você acha que não pode vir, acaba que está sem jogar em outro lugar e tem possibilidade — explicou.
Troca de formação
Coudet admitiu a troca de formação tática do time do primeiro para o segundo tempo, com a saída do volante Bruno Henrique e a entrada de Lucas Alario no intervalo da partida. A equipe passou a atuar com o que ele chamou de "dois centroavantes definidos".
— Para que entenda o desenho, troca o número de telefone: 4-1-3-2 para 4-3-1-2 — disse, em tom bem humorado.
A alteração de sistema, segundo o argentino, não estava programada desde antes da partida. O técnico elogiou a troca de passes e o ritmo de jogo, mas pediu mais chutes a gol.
— Quando você junta jogadores que jogam muito bem, tem que enfatizar o tempo todo porque sempre tem a tentação de um passe a mais. Mas isso é coisa que temos que trabalhar — explicou.