Entre os desfalques do Inter para enfrentar o Bragantino, em 26 de novembro, está ninguém menos do que o camisa 10. Alan Patrick levou o terceiro cartão amarelo e precisará cumprir suspensão na partida do Beira-Rio. Trata-se de um jogador insubstituível. E qualquer uma das possibilidades de Eduardo Coudet mexerá na forma ou no estilo da equipe.
O próprio treinador definiu Alan Patrick:
— É nosso capitão, o líder futebolístico. Tem um grande caráter. Compreende, ocupa e abre espaços. Tem tanta tranquilidade para definir os lances. É muito importante para o Inter e para o grupo.
Quando perguntado sobre as constantes substituições que faz trocando o meia, visivelmente cansado ao longo das partidas, respondeu:
— Queria ter dois Alan Patrick, mas não tenho.
É justamente por não ter dois dele que o técnico terá de definir o substituto e treinar bastante. As três principais opções para a vaga são de características diferentes às de Alan Patrick (e nem vale entrar no mérito da qualidade). O time mudará bastante se jogar Pedro Henrique, Luiz Adriano ou Bruno Henrique.
A seguir, apontamos algumas dessas mudanças.
As opções de Coudet
Pedro Henrique
É o principal candidato à vaga. Mesmo não tendo nada de Alan Patrick. Enquanto o titular é cerebral e pifador, Pedro Henrique usa mais a velocidade e a força. Originalmente jogador de lado de campo, foi descrito assim por Coudet, quando perguntado se seria um substituto para Wanderson:
— Pedro Henrique tem características de segundo atacante.
Ele começou, inclusive, a temporada como homem mais avançado, centralizado. Foi um dos goleadores e entrou na seleção do Gauchão atuando assim. Depois voltou para o lado. Com Pedro Henrique, haveria uma dupla de ataque, mantendo Valencia centralizado. Mauricio e Wanderson não sofreriam alterações no posicionamento.
Bruno Henrique
Corre por fora nessa disputa. Apesar de ser volante de origem, já entrou no lugar de Alan Patrick ao longo de partidas. Essa opção daria a Coudet um jogador a mais para tocar a bola, manter a posse.
Se perde em criatividade e velocidade, tenta compensar na combatividade e no controle. Bruno Henrique também tem, em seu favor, bons arremates de média e longa distâncias.
O camisa 8 deve jogar em qualquer cenário, já que Aránguiz também está suspenso. Se for adiantado, Rômulo forma dupla no meio com Johnny.
Alternativa de características semelhantes é De Pena. E existe ainda a possibilidade de mexer em Mauricio, conduzindo-o para a faixa central, deixando o lado para um dos dois.
Luiz Adriano
Seria o candidato natural, especialmente por sua versatilidade. Luiz Adriano a pleno seria a execução máxima das ideias de Coudet, que gosta de um time com dois centroavantes. Ele poderia tanto dar liberdade de movimentação a Valencia quanto ser o jogador mais recuado, função que executou nos últimos momentos na Turquia, antes de retornar ao Brasil.
O problema é que Luiz Adriano não conseguiu chegar perto de ficar "a pleno". Ele está longe da forma física ideal e passou mais tempo sofrendo do que brilhando em 2023. Não se firmou no time nem mesmo quando não estava Valencia. A falta de condição física pode ser determinante.
Caso deseje, de fato, ter um centroavante com Valencia, Lucca pode entrar na briga. Mas é outro jogador que pouco aproveitou as chances.