O técnico Eduardo Coudet conta com vários desfalques para a retomada do Campeonato Brasileiro. Para o jogo contra o Bahia, por exemplo, o treinador argentino não contará com zagueiros à disposição no banco de reservas. Mercado e Vitão são os titulares do setor e estão garantidos para a partida caso não apresentem algum problema de última hora.
Mas com suspensões de Igor Gomes e Nico Hernández, o Inter terá apenas o espanhol Hugo Mallo como uma possibilidade de improvisação para o setor. Desde sua chegada ao Inter, Mallo vem revezando entre zaga e lateral-direita. Com essa situação imposta devido a suspensões, o grupo que viajará a Salvador não contará com um zagueiro de origem para compor o banco de reservas.
Este problema poderia ser minimizado se o zagueiro Rodrigo Moledo estivesse à disposição do treinador colorado. O problema é que Moledo foi pego no exame antidoping da Conmebol e não existe, neste momento, uma previsão de quanto tempo o jogador de 34 anos ainda vai continuar suspenso.
Rodrigo Moledo foi flagrado no exame antidoping após o jogo contra o Metropolitanos, dia 25 de maio, pela fase de grupos da Copa Libertadores. Em junho, o clube foi alertado pela Conmebol de que o exame deu positivo para a presença da substância proibida Ostarina. Essa substância é considerada anabolizante e serve para aumento de força e massa muscular, entre outras ocorrências.
Durante este período de suspensão, Rodrigo Moledo não pode utilizar as dependências do clube para treinamentos. Inclusive, enquanto aguarda os próximos passos de sua defesa, ele continua em Porto Alegre realizando atividades físicas com um profissional contratado pelo próprio jogador.
Um detalhe importante, mesmo com todo o sigilo dado ao caso, é o fato de o zagueiro já ter prestado seu depoimento à Conmebol. O departamento jurídico do Inter está dando todo o suporte necessário para o atleta e seu staff. Rodrigo Moledo, inclusive, já realizou o exame para a contraprova, parte importante para sua defesa e, nos próximos dias, ainda no mês de outubro, segundo fontes consultadas pela reportagem de GZH, existe a possibilidade de uma convocação para o anúncio do conselho gestor da Conmebol.
Qualquer punição aplicada, que pode chegar até quatro anos de suspensão, caberá recurso em uma comissão de apelações da própria entidade. Depois, a última instância é o TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), na Suíça. Em caso de absolvição ou punição considerada branda, existe a possibilidade da Wada (Agência Mundial Antidoping) recorrer ao próprio TAS.