Enquanto os bastidores da instituição estão movimentados pelas eleições para o Conselho de Gestão que definirá o mandatário no triênio 2024-2026, o Inter trata de blindar o vestiário em relação ao pleito. Pequenas ações dos dirigentes e de membros da comissão técnica visam não interferir no principal foco: recolocar o Colorado na Libertadores.
O atual presidente do Inter, Alessandro Barcellos, concorre com Roberto Melo, ex-vice de futebol entre 2017 e 2019. Pelo envolvimento com questões do cotidiano, incluindo o departamento de futebol, o dirigente que está no cargo tem evitado conceder entrevistas em virtude da campanha de recuperação da equipe no Brasileirão.
A ideia é minimizar debates públicos sobre o elenco e comissão técnica com muita antecedência. Por enquanto, no planejamento da Chapa 1, a de situação, a eleição realmente será pauta apenas depois do primeiro turno dentro do Conselho Deliberativo, marcada para 7 de novembro.
Até a data, Barcellos pretende encaminhar assuntos importantes como o recebimento dos valores iniciais no acordo costurado com a Liga Forte Futebol (LFF). Depois, ele participará de entrevistas e comentará o planejamento para a eventual reeleição, segundo informações de pessoas próximas. A instrução é não se distanciar do cargo mesmo na campanha, mas os outros integrantes do departamento de futebol, como Magrão, Felipe Becker e José Olavo Bisol, devem ser ainda mais atuantes internamente.
Na mesma linha está o técnico Eduardo Coudet. O treinador, que possui boa aceitação entre os torcedores, é cortejado pelos dois candidatos. Entretanto, ele tem dito que a sua permanência será discutida após a própria eleição, mas também posteriormente ao término do Brasileirão. Também pesa para o argentino o trauma do pleito de 2020.
— Já passei por uma eleição no Inter, em 2020, e sei como é. Só vou tratar do meu futuro depois das eleições. Vamos esperar — declarou na última semana em entrevista à RBSTV.
O recado da direção e da comissão técnica é para o elenco focar apenas em ganhar posições na tabela do Brasileirão. Atualmente, a equipe ocupa o 12º lugar na competição. Estima-se que nas últimas 10 rodadas, o clube precise de, no mínimo, oito vitórias para ingressar no G-6. Desta forma, independentemente da chapa vencedora na eleição, que deverá ser decidida no voto do associado em 9 de dezembro, o Inter poderá ter um 2024 com possibilidade de busca do tricampeonato da Libertadores.