O Inter está em vantagem nas quartas de final da Libertadores. Na terça-feira (22), o Colorado superou a altitude e venceu o Bolívar por 1 a 0, no Estádio Hernando Siles, em La Paz. O gol da vitória foi marcado por Enner Valencia, aos 16 minutos do primeiro tempo.
Com o resultado, o time do técnico Eduardo Coudet pode até mesmo empatar na volta que garante vaga nas semifinais da competição continental. Caso perca por um gol de diferença, a vaga será definida nos pênaltis. GZH elenca cinco motivos que fizeram o Inter voltar com o resultado positivo para Porto Alegre. Confira:
A estratégia de Coudet
Uma hora antes de o jogo começar, a escalação do Inter surpreendeu. O treinador argentino optou por escalar uma linha de cinco, com três zagueiros (Mercado, Vitão e Nico) e dois laterais (Bustos e Renê). Com o passar dos minutos, a estratégia se mostrou correta.
Como o Bolívar apostava muito na bola aérea (foram mais de 50 bolas cruzadas na área), os três defensores conseguiram afastar a maioria dos lances de perigo. Além disso, a equipe soube se portar dentro do Hernando Siles, em La Paz. Jogando na altitude, o time soube segurar a vantagem e não se mostrou ansioso para engatar contra-ataques.
A estrela de Enner Valencia
Como já havia sido contra o River Plate, em Buenos Aires, foi do equatoriano o gol que abriu o placar em La Paz. Contratado para grandes jogos, como o de terça e o da Argentina, Valencia mostrou que o esforço feito pelo Inter para trazê-lo a Porto Alegre fez todo o sentido. Goleador na Europa, o centroavante é um jogador de hierarquia e agregou força ofensiva ao Colorado.
Rochet, mais uma vez
O goleiro uruguaio foi contratado para fazer exatamente o que vem fazendo: salvar o time. Assim como foi no Monumental de Núñez, Rochet fez uma atuação de luxo e foi fundamental para que o Inter saísse da Bolívia sem sofrer gols. O camisa 33 fez, pelo menos, duas defesas que trazem o Colorado para uma posição ainda mais tranquila para o jogo no Beira-Rio.
Eficiência na bola aérea
A principal jogada ofensiva do Bolívar foi a bola aérea, com 55 cruzamentos na área colorada. Mas os três zagueiros escalados por Coudet (Vitão, Mercado e Nico Hernández) deram conta do recado. Ainda que algumas bolas tenham sido cabeceadas pelos jogadores do Bolívar, o Inter não sofreu tanto assim na jogada mais forte do time boliviano.
Preparação para a altitude
Treinamento com bolas enchidas com gás hélio, logística diferente, chegada a La Paz horas antes do jogo. Tudo isso fez parte da preparação colorada para a partida na capital boliviana. O que se viu nos 90 minutos foi um time bem preparado fisicamente para as dificuldades da altitude, sem que nenhum dos jogadores demonstrasse grandes problemas com falta de ar — pelo menos dentro de campo.