Eliminado da Copa do Brasil pelo América-MG, o Inter tenta reunir forças para seguir adiante na temporada. Mas, antes de mirar o que terá pela frente, o Colorado pode olhar o que aconteceu no passado e tirar algumas lições.
Desde que perdeu a final para o Athletico-PR, em 2019, o clube gaúcho tem convivido com desclassificações precoces no torneio. Ainda assim, conseguiu dar a volta por cima logo em seguida, mas teve de promover algumas mudanças na equipe ou comissão técnica.
2020: América-MG (Quartas de final)
A exemplo do que ocorreu neste ano, o Inter também disputava a Libertadores e, por isso, ingressou direto nas oitavas de final. Ainda sob o comando de Eduardo Coudet, passou pelo Atlético-GO e se credenciou para encarar o mesmo América-MG. Porém, viu o técnico argentino aceitar uma proposta do Celta de Vigo, da Espanha, e recorreu ao ídolo Abel Braga.
Logo na estreia, o experiente treinador perdeu em casa o jogo de ida para os mineiros. Na volta, em Belo Horizonte, venceu no tempo normal, mas foi eliminado nos pênaltis. O time ainda demoraria para reagir, chegando a quatro jogos seguidos sem vitórias e caindo da Libertadores diante do Boca Juniors, na Bombonera.
Depois disso, adotou um sistema tático diferente, com três volantes, lançando os jovens Yuri Alberto e Praxedes à condição de titularidade. Acabaria vice-campeão brasileiro, perdendo o título em casa, na última rodada.
2021: Vitória (Terceira fase)
Há dois anos, a queda foi para o Vitória, que estava na Série B e era treinado por Ramon Menezes — atualmente à frente da seleção brasileira sub-20. Depois de vencer por 1 a 0 em Salvador, o Colorado perdeu por 3 a 1 em pleno Beira-Rio.
A queda surpreendente gerou a demissão do treinador espanhol Miguel Ángel Ramírez. Para seu lugar, foi contratado Diego Aguirre. Em um primeiro momento, o uruguaio enfileirou seis partidas sem vitórias e uma eliminação nas oitavas de final da Libertadores para o Olimpia, nos pênaltis, em casa.
Depois, conseguiu estabilizar o time com a escalação de quatro volantes no meio-campo: Rodrigo Dourado, Rodrigo Lindoso, Edenilson e Patrick. Com esta formação, venceu o Gre-Nal que ajudou a empurrar o rival para o rebaixamento, mas terminou o Brasileirão em um inexpressivo 12º lugar.
2022: Globo (Primeira fase)
No ano passado, o clube gaúcho vivenciou uma de suas eliminações mais vexatórias na competição, caindo para o desconhecido Globo-RN, perdendo por 2 a 0, logo na primeira fase.
Mesmo com a queda, o técnico Alexander Cacique Medina foi mantido no cargo por mais um mês. Porém, a perda do Gauchão e um empate com o Guaireña, pela Copa Sul-Americana, sentenciaram a saída do argentino. A troca no comando gerou a chegada de Mano Menezes que ainda viveria uma frustração no torneio continental, mas terminaria como vice-campeão brasileiro.