O Inter virou pauta em uma coletiva do Atlético-MG. O motivo foi o desabafo feito por Eduardo Coudet contra a diretoria do Galo após a derrota para o Libertad-PAR, pela primeira rodada da fase de grupos da Libertadores. Em determinado momento da entrevista, o técnico argentino foi questionado se o momento era similar ao vivido no Colorado, em 2020. No entanto, antes de o repórter concluir a pergunta, Chacho interrompeu e revelou, pela primeira vez, o motivo de ter deixado o Beira-Rio na metade daquela temporada.
— No Inter era diferente daqui. Teve a pandemia e não tínhamos um real para gastar. Aproveitando o momento, nunca dei uma explicação ao torcedor, e agora é a primeira vez que vou falar a realidade sobre a minha saída. Tinham as eleições, e o presidente (Marcelo Medeiros) disse que só ia acompanhar a equipe, que não faria mais nada. Eu só pedi dois reforços para brigar pelo título — disse Coudet.
Eduardo Coudet pediu demissão do Inter em 9 de novembro de 2020. Na época, o Colorado era líder do Brasileirão e estava nas oitavas de final da Libertadores e nas quartas de final da Copa do Brasil. Além das divergências com Marcelo Medeiros, o técnico argentino entendia que não poderia extrair mais do elenco.
— Pedi para gastarem dois milhões de dólares. O presidente disse que não ia gastar. Eu não poderia pedir mais para os jogadores, era um grupo curto e estavam dando o que podiam. Creio que deixei um time treinado e que brigou até o final — destacou.
No Mineirão, o Libertad venceu o Atlético-MG por 1 a 0, com Diego Gomez. Após a derrota, Coudet foi atingido por um copo de cerveja arremessado das arquibancadas. Jogadores como Edenilson e Patrick também foram vaiados.
