As Gurias Coloradas estão próximas de escreverem mais um capítulo histórico para a modalidade do clube. Na próxima segunda-feira (12), diante do São Paulo, elas vão em busca de uma classificação inédita para a final do Brasileirão Feminino e para a Copa Libertadores de 2023.
Com o empate em 1 a 1 no jogo de ida, no Beira-Rio, a disputa da vaga está em aberto. Quem vencer, carimba o passaporte para a final. Em caso de novo empate, a classificação vai para as penalidades máximas no Morumbi. A atuação nos 90 minutos precisará ser cirúrgica, conforme a avaliação da meio-campista colorada Ju Ferreira.
— Costumamos fazer bons jogos fora de casa. O jogo e o resultado estão abertos. O São Paulo também gosta de jogar e de propor o jogo assim como a gente. Vai ser uma partida boa de jogar e de se assistir. A concentração será primordial. Na minha avaliação, precisamos ser cirúrgicas. Como será um jogo aberto, quando pudermos ter a oportunidade de "matar" o jogo, precisamos fazer — destacou a atleta a GZH.
Em virtude da parada para a Data Fifa, o elenco ganhou mais dias de treinamento desde o embate de ida em 28 de agosto. Um dos principais pontos que o grupo quer corrigir é em relação à postura do primeiro tempo. Tanto contra o São Paulo, como no mata-mata anterior diante do Flamengo, os primeiros 45 minutos demonstraram uma tônica: o time sofreu gol e não conseguiu impor sua estratégia inicial. Um cenário oposto da volta do vestiário. Nestes mesmo dois jogos, em contrapartida, a equipe voltou marcando logo nos minutos iniciais e com maior intensidade.
— Tivemos uma semana bem produtiva de trabalho. Uma coisa que focamos bastante foi de voltar a fazer um jogo de alta intensidade, como fizemos no segundo tempo (do jogo do Beira-Rio) e buscar o resultado. Sabemos que não será um jogo fácil pela qualidade do São Paulo, mas estamos nos preparando bem.
No clube desde 2019, Ju Ferreira aponta o amadurecimento do grupo como uma das principais virtudes da campanha desta temporada. Depois de ter chegado até às semifinais no ano passado, quando caiu para o Palmeiras, a experiência adquirida pode ser um dos trunfos para a consolidação de mais um passo histórico.
— Hoje eu consigo ver o nosso grupo muito mais preparado. Nosso time foi criando uma casca para poder sofrer. Fisicamente e mentalmente estamos mais preparadas. No ano passado, batemos na trave. Neste ano, estamos mais maduras. Estamos indo com força total de elenco, e mesmo quem está no departamento médico está fazendo a diferença. Acredito que o nosso grupo está pronto para o que vier.
Retrospecto no Morumbi
Na segunda-feira, as Gurias Coloradas voltam ao palco que traz boas lembranças quando se trata de mata-mata contra o São Paulo. No ano passado, pelas quartas de final, o time buscou uma virada heroica. Depois de sair atrás do marcador, conseguiu reverter e fazer 3 a 1 (4 a 3 no agregado) nos acréscimos, garantido a classificação às semifinais. Fabi Simões, Ari e Shashá marcaram os gols do tento.