O Inter tentou, mas não conseguiu furar a marcação do Avaí neste domingo (1º) tendo quebrada a sequência de vitórias desde a saída de Alexander Medina. Em sua estreia no Beira-Rio, Mano Menezes fez variações na equipe em busca do gol sem obter êxito. GZH mostra como foram essas mexidas do treinador colorado no empate por 0 a 0 com os catarinenses.
Depois de variar a formação da equipe contra o Independiente Medellín, Mano montou o Inter para iniciar contra o Avaí repetindo o que havia feito na sua estreia contra o Fluminense. Com mesmo sistema tático e nomes do meio para frente, a única alteração esteve na zaga, onde Bruno Méndez ocupou a vaga de Mercado.
Inter iniciou no 4-1-4-1 com Edenilson e De Pena pela faixa central
Depois de um bom começo de jogo, onde teve volume e chegou a acertar a trave em chute de Bustos desviado por Mauricio, o Inter caiu de rendimento. Mano, então, mudou o posicionamento do setor ofensivo ainda antes dos 20 minutos.
A alteração de sistema tático do 4-1-4-1 para o 4-2-3-1 teve Mauricio aparecendo com meia central e Edenilson deslocado para o lado direito. O uruguaio Carlos de Pena, que tem se destacado por sua versatilidade, passou a fazer uma função inédita pelo Inter. Foi o volante alinhado a Gabriel.
Após a partida, Mano foi questionado sobre a opção que fez Carlos de Pena aparecer menos pelo setor esquerdo. Ele defendeu a escolha argumentando que o novo posicionamento do uruguaio foi determinante para o Inter ganhar o meio-campo.
— Futebol é assim. Trouxemos um jogador para o meio e ganhamos o setor porque passamos a ter mais um jogador ali. Com o balanço do Mauricio entre extrema e meia final, você estabelece uma vantagem para controlar o jogo. Não dá para ter o jogador em três lugares. Temos de escolher onde vai jogar. A equipe estava bem dessa maneira. Tirei (De Pena, sacado aos 20 do segundo tempo para a entrada de David) porque precisávamos de um pouco mais de chegada. Até ali estávamos chegando muito bem e isso tem a ver com a qualidade do De Pena, do Edenilson e de outros jogadores — observou.
Mano mudou sistema ainda antes da metade do primeiro tempo
Foi com a nova formação no 4-2-3-1 que o Inter aumentou a pressão sobre o Avaí no segundo tempo, quando Alemão, Pedro Henrique e Edenilson tiveram as melhores chances para abrir o placar. Mano promoveu, além de Pedro Henrique, as entradas dos meias Taison e Estevão e do atacante David na reta final partindo para um tudo ou nada, mas sem conseguir furar a marcação do Avaí. No total do jogo, o Colorado teve 19 finalizações, sendo apenas cinco no alvo.
Esse número de chutes no alvo é motivo de preocupação para Mano Menezes. O treinador, porém, admitiu que será necessário melhorar a organização coletiva ofensiva do time para que os jogadores consigam ter melhores condições para a definição dos lances.
— Precisamos de trabalho, de tempo de trabalho. Você pode repetir treinos e organizar para construir as jogadas finais, que exigem uma movimentação mais coordenada, mais fina. Precisamos repetir trabalhos para que os jogadores tenham a conscientização disso. Em primeiro lugar de posicionamento e depois para que atacantes e meias tenham a confiança para o drible ou finalização quando a bola chegar. Eu tenho que dar o caminho, organizar as movimentações e mostrar a eles o que devem fazer. Tenho certeza de que eles vão executar bem — projetou.