Dentro da série invicta de 11 jogos, o Inter tem uma missão nesta segunda-feira, 20h, diante do Atlético-GO, no Beira-Rio: aumentar o número, mas, obrigatoriamente, associá-lo a uma vitória. São quatro empates seguidos pelo Brasileirão, resultados que afastaram o time da ponta de cima. O equilíbrio da competição, porém, permite que retome a briga pelo G-6 se vencer o jogo da oitava rodada. Para esta partida, o técnico Mano Menezes terá praticamente todo o grupo à disposição.
Com isso, fica a dúvida de como escalará o time. Pela primeira vez, há fartura de opções, especialmente para o setor ofensivo. Do meio para a frente, o treinador tem: Alan Patrick, Caio Vidal, De Pena, David, Edenilson, Estêvão, Matheus Cadorini, Pedro Henrique, Taison, Wanderson e Wesley Moraes. Destes, o técnico deve escolher cinco para se somar a Rodrigo Dourado.
Edenilson, De Pena, Alan Patrick e Wanderson saem na frente. O mistério está na última posição. David tem sido o escolhido, mas não está correspondendo às expectativas. Wesley também recebeu suas chances e tampouco aproveitou. Alemão, outro candidato natural, é baixa devido a uma lesão muscular. Assim, sobram dois nomes: se a opção for observar outro centroavante, Cadorini desponta; se for pela experiência, em busca de um ataque mais móvel, Taison vira o favorito.
O problema para Taison é que recém está se recuperando de uma lesão muscular. Ele atuou cerca de uma hora na terça-feira passada, diante do 9 de Octubre. Claro que foi uma partida diferente da que vem aí nesta segunda (30), já que o Atlético-GO é um adversário bastante superior aos equatorianos. Além da questão física, será necessária também uma adaptação de posicionamento. Taison nunca foi centroavante. Sua origem foi na ponta e, com o passar do tempo, centralizou ao mesmo tempo em que recuou e virou uma espécie de meia avançado.
— Sobre os atacantes, sempre recai responsabilidade maior de marcar os gols. A escolha por um jogador mais móvel é para proporcionar aos outros jogadores a infiltração, a chegada na frente, e a equipe ser tão ofensiva como quando tem um homem de definição. Se jogamos com David, temos uma movimentação. Mas precisamos juntar mais gente, ter uma ideia diferente da construção. Se jogamos com homem mais de área, como Cadorini, é outro estilo, precisamos de bola na linha de fundo, para tirar o melhor de um atleta como esse — explicou Mano Menezes.
Sobre meias, aliás, o Inter anunciou a renovação de contrato de Estêvão. O jogador de 20 anos tinha vínculo terminando com o Colorado no início de 2023, e, com o novo acordo, estendeu até a metade de 2026. A nova multa rescisória do jovem deve girar em torno de 60 milhões de euros (R$ 304 milhões). Ele comemorou a renovação, ao que se referiu como "sonho" depois de chegar ao Inter com 14 anos, e projetou o confronto com o Atlético-GO:
— Nosso time vai brigar pelo resultado do início ao fim. Será um jogo difícil, o time deles também se classificou na Sul-Americana e tem muita qualidade.
Do lado goiano, o técnico Jorginho terá um desfalque. O volante Edson Felipe está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e deve dar lugar a Gabriel Baralhas, autor do gol da classificação na Sul-Americana. O ataque pode contar com um conhecido do futebol gaúcho: o centroavante Churín, ex-Grêmio.