Alexander Medina completará 100 dias no Inter nesta quarta-feira (6), data de estreia na Copa Sul-Americana, fora de casa, diante do 9 de Octubre. Mas que intensos têm sido esses momentos. Desde sua chegada, em dezembro do ano passado, havia expectativa pelo trabalho, mas duas derrotas acabaram marcando o primeiro trimestre: a goleada do Gre-Nal de ida da semifinal do Gauchão e a queda para o Globo-RN na Copa do Brasil.
Mesmo assim, recebeu confiança da direção para seguir o trabalho. A sequência será em Manta, a partir das 21h30min, quando sua equipe começa a caminhada colorada em busca do bi da competição, um dos objetivos da temporada. No Equador, ele atendeu a reportagem antes do último treino preparatório para o jogo.
O que o torcedor pode esperar de diferente no Inter a partir de agora?
Trabalhamos intensamente nos últimos dias para seguir melhorando os aspectos positivos nos últimos tempos da equipe, especialmente em dois dos três Gre-Nais, o primeiro e o terceiro, com boas conexões, boa forma de jogo, onde tivemos posse de bola, fomos intensos, criamos mais do que o rival e fomos donos do desenvolvimento da partida. Claro que temos de melhorar o que não fomos bem. Mas é o caminho de uma equipe protagonista, que tente ganhar em qualquer lugar, como fomos nas últimas partidas. É isso que queremos, que o time seja regular. Vão começar duas competições e queremos ser regulares, oferecer variações, estamos nesse caminho, recuperando lesionados, contratando. Queremos ser um time mais completo.
Sua referência, então, é o Inter do primeiro e do terceiro Gre-Nal.
Gostei do time nos Gre-Nais. À exceção do segundo, que tivemos erros grandes que produziram os gols. Queremos ser os donos da partida, criar mais do que os rivais. A partir daí, esses dois jogos ficam como referência. Merecemos até fazer mais gols, então vamos tratar de ser mais eficazes, estamos trabalhando a definição, o movimento, a pressão, a intensidade, o retorno. Formar uma equipe não é da noite à manhã. Exige adaptação. É um processo. Há o trabalho, os movimentos, as características dos jogadores que estão chegando. Mudamos um pouco a foto do ano anterior. Vamos melhorando, se vê isso. Fazia muito tempo que não ganhávamos no campo do Grêmio e conseguimos. Ficamos fora, mas dominamos e conseguimos.
Quando você estava para chegar, todas as informações que tínhamos era da necessidade e do uso de pontas. O Inter não tinha jogadores assim.
Sempre trabalhamos com extremas rápidos, intensos, que deem profundidade e amplitude. Inter tinha modelo diferente, por isso tinha jogadores diferentes, com mais jogadores internos. O plantel estava montado para ter mais interiores do que extremas. Trouxemos Wanderson, David, outras situações que podem ocorrer. E a partir do que temos, vamos adaptando às características dos jogadores. Vamos mudando e dando ferramentas aos atletas para que sejam mais verticais, isso se faz com treinamentos, partidas. Podem ser mais verticais na hora de atacar e buscar espaço. Para nós é importante os extremas que ataquem espaços. Estamos buscando que outros possam fazer.
O que pode dizer de Wanderson e Carlos de Pena?
São jogadores mais verticais, atacam os espaços. São dinâmicos. Wanderson tem mais vantagem no 1 contra 1, mas Carlos tem ida e volta. Carlos joga pela esquerda, Wanderson pela direita. Eles aportam diferentes características ao grupo, com profundidade, cruzamento, presença na área. Isso vai nos dar mais opções na hora de atacar.
Wanderson, De Pena, Taison podem atuar juntos?
Vai depender de juntar as peças, ter equilíbrio, atacar marcando, uma questão fundamental no futebol brasileiro, onde se produzem muitas transições. Se pode fazer um time equilibrado tanto no ataque quanto na defesa. Precisamos recuperar a bola pós-perda, ter os jogadores marcando mesmo com a posse. Há bastante a fazer ser equilibrado.