O assunto que mais interessa aos colorados, neste momento, é a vinda do novo técnico. O Inter segue em busca de um comandante, para anunciá-lo antes do final deste ano. Nesta quinta-feira (23), inclusive, a imprensa argentina noticiou que Alexander Medina já avisou ao Talleres e ao São Lorenzo que treinará o clube gaúcho.
Roberto Melo, ex-vice-presidente de futebol do Inter, concedeu entrevista ao Show dos Esportes, da Rádio Gaúcha, nesta quinta-feira, e falou sobre o assunto. Para ele, o anúncio deve ser feito o mais breve possível, para não causar prejuízos em relação ao planejamento da próxima temporada.
— Eu acho que está mais do que na hora de anunciar o treinador. Já faz 14 dias que o futebol parou (Brasileirão acabou) e ainda estamos sem técnico. Estamos quase chegando no Natal, e isso vai prejudicar o planejamento para o ano que vem. As outras equipes estão se movimentando, contratando jogadores, e o treinador participa ativamente disso — complementou.
— Acho que vai ser o Medina, pelo que está se falando. A direção tem convicção no treinador. Às vezes, se erra também, mas é preferível errar com convicção. Com o Ramírez, não deu certo, infelizmente, mas havia convicção. Me parece que o Medina é um treinador com mais rodagem, que foi atleta. Conhecemos ele pelo trabalho que vem fazendo lá (na Argentina). E é um treinador em evolução. Vamos torcer para que dê certo.
Melo era dirigente do Inter em 2019, quando Eduardo Coudet foi anunciado como novo técnico. Ele relembra que, à época, o fator crucial para a definição do comandante foi a forma de jogar.
— Entendíamos que precisávamos jogar de uma maneira diferente para que o torcedor não ficasse ligado só aos resultados. Perdemos a Copa do Brasil (em 2019) e nada mais prestava, porque o torcedor não se identificava. Então, a gente queria jogar de uma maneira que, mesmo que não conseguíssemos as vitórias, o torcedor se identificasse — completou, falando sobre a saída do treinador.
— Acho que ele conseguiu implantar um sistema com os jogadores que a gente tinha. Ele não conseguiu, em um ano, as conquistas, mas percebi que a torcida se identificava com a forma que o Inter jogava. No entanto, eu não estava mais lá, não sei os problemas que o fizeram ir embora.