A temporada 2022 do Inter começará com dois nomes feitos em casa como alternativas para o gol. Consolidado pelas grandes atuações na última temporada, e recuperado da fratura nas costelas que o deixou fora de ação na parte final de 2021, Daniel será o titular. Como reserva, terá Keiller, de volta do empréstimo junto à Chapecoense. E, mesmo com o rebaixamento do time catarinense, o goleiro retorna ao Beira-Rio com moral e destaque.
Negociado em março com a Chape até o final de 2021, Keiller disputou 30 partidas pela equipe, entre Campeonato Catarinense e Brasileirão. Não atuou na Copa do Brasil e nem na Recopa Catarinense.
Pelo Estadual, foram 14 partidas, em campanha que terminou com o vice-campeonato para a Chapecoense, com 12 gols sofridos. No Brasileiro, em 16 jogos, levou 22 gols. Os números, principalmente no campeonato nacional, podem não dizer muita coisa, mas sem ele a equipe catarinense foi ainda pior: levou 67 gols nas 38 rodadas que renderam à equipe a duvidosa honra de ter a pior campanha da história dos pontos corridos.
No total, Keiller levou 34 gols em 30 partidas, com 2.700 minutos em campo. Sua média foi de 1,13 gol sofrido por jogo. Em oito jogos, não levou nenhum gol, e teve oito vitórias, 12 empates e 10 derrotas no ano — entre as vitórias, a única da Chape no Brasileiro, sobre o Bragantino, fora de casa, por 2 a 1. Também se destacou em outras estatísticas: foi o goleiro com a melhor média de defesas difíceis do campeonato, 1,57 por jogo.
Como comparação, os números gerais da Chapecoense em 2021 — com sete partidas ainda válidas pela Série B 2020, disputadas em janeiro e fevereiro — foram de 93 gols sofridos em 66 partidas, média de 1,41.
— Foi muito importante para mim essa mudança para buscar meu espaço. Pude evoluir meu jogo, pude conhecer novas metodologias e crescer como pessoa também. Agradeço a Chapecoense por confiar no meu trabalho e a todos os profissionais que me ajudaram nesse processo — destacou Keiller ao final da temporada.