Diego Aguirre ganhou um reforço para a reta final do Brasileirão. Após enfrentar dificuldades de adaptação, o atacante Carlos Palacios fez nesse sábado (13), contra o Athletico-PR, a sua melhor atuação com a camisa colorada e entrou na briga por uma vaga entre os titulares. Para recuperar o jogador, o clube lançou mão de uma força-tarefa, que envolveu a comissão técnica, os líderes do grupo e a equipe de serviço social.
— O clube lhe deu carinho e fez ele se sentir como em uma família. As dificuldades são normais. Foi a primeira vez que o menino saiu do seu país. Teve dificuldades com o idioma e de adaptação social. Muitas vezes vi isso acontecer no futebol. O importante é que o Inter teve paciência. Mais fácil seria dizer que não serve e mandar embora, mas as coisas foram acontecendo. O mérito é dele. Joga muito e demonstrou hoje (sábado). Tomara que continue evoluindo assim — disse Aguirre.
Contratado em março por US$ 3 milhões (R$ 16,6 milhões) do Unión Española-CHI, Palacios chegou ao Brasil inicialmente sozinho. Aos 21 anos e sozinho em Porto Alegre, o atleta teve dificuldades de adaptação e, escalado em um um primeiro momento como ponta, não conseguiu render. Acabou amargando a reserva e, em vários jogos, sobrou inclusive da lista de relacionados.
Ao longo do ano, o Inter procurou dar suporte a Palacios. Seus familiares vieram do Chile, e o capitão Taison aproximou-se do atacante para que ele se sentisse mais à vontade. Também entrou na jogada a assistente social do clube, Patrícia Vasconcellos, que contribuiu para a melhor adaptação do garoto.
— A Patrícia fez um trabalho espetacular com o menino. E que deu resultado. Nós também estivemos perto, pois falamos o mesmo idioma (Aguirre se refere ao fato de ele e seu auxiliar Juan Verzeri serem uruguaios). Este é o Palacios que o Inter foi buscar no Chile, um jogador de classe e de alto nível. Ganhamos uma opção muito importante — comemora o treinador.
As boas atuações contra Juventude e Athletico-PR colocam Palacios na briga por uma vaga no time titular. Pesa em seu favor a polivalência. Afinal, contra os paranaenses, Aguirre aproveitou o atleta em uma nova função, como meia centralizado. Contra o Cuiabá, na quarta (17), o atacante deve permanecer naquele setor em função da lesão de Taison. A partir de então, o treinador admite que passa a estudar uma forma de acomodar o chileno e o capitão lado a lado na equipe.
— Eles perfeitamente podem jogar juntos. Os bons jogadores sempre podem jogar juntos. Temos que montar um posicionamento no campo. Gostaria de ver o Taison jogando junto com Palácios. Eles jogam muito e podem fazer coisas boas. Vamos vendo jogo a jogo o que vai acontecer. O importante é que o Palacios está mostrando que é uma realidade e está ganhando confiança para ter uma chance no time — finalizou o técnico.