Essa foi a grande notícia da vitória de virada sobre o Athletico-PR, por 2 a 1. Carlos Palacios, o chileno de 21 anos, jogou o que dele se espera. E não como extrema, e sim por dentro. Ele veio alardeado pela mídia como extrema pela direita, mas nunca foi ponteiro. Insisto nisso desde a sua chegada, após vê-lo em ação no Unión Española. Ocupar o lado direito não faz dele extrema.
Sem Taison, o técnico Diego Aguirre surpreendeu. A reposição natural seria Mauricio, mas ele optou por Palacios. E o chileno foi muito bem, com passes verticais e de primeira, sempre tentando algo diferente.
O tapa para Edenilson empatar o jogo é de quem conhece. Aguirre errou ao tirá-lo em nome de Mercado, aí para retrancar o time com três zagueiros, após outro golaço de Edenilson. Cansaço, talvez. A essa altura, nas substituições, ele já era um falso 9.
Ainda é um jogo só, mas para 2022, é uma grande notícia se ele encaixar. O Inter precisa de reforços, e encontrar um deles em casa seria ideal. No jogo, o tripé Dourado, Edenilson e Patrick fez toda a diferença. Com Palacios bem como dublê de Taison, o ponto forte do time, que é a transição rápida, se manteve.
Nos números, 15 a 10 em finalizações e 4 a 1 em chutes no alvo, com perigo. Poderia ter sido mais. Era urgente voltar a vencer, porque os adversários na luta por G-6 encorparam. A imagem deixada na derrota para o Juventude foi ruim, um clima assim de fim de feira e ano encerrado com a provável pá de cal no Grêmio.
O detalhe da rodada é que o Fortaleza, como nova derrota, desta vez para o Bragantino, corre risco de abrir a quinta vaga. Ao que parece, depois de vencer o Gre-Nal, o Inter superou também a ressaca pós-clássico.